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Itaquerão é erguido sem financiadores

2014
Obra completa um ano e mais próximo recurso é o da prefeitura

BERNARDO ITRI
DO PAINEL FC

Um ano após o início da construção do Itaquerão, uma das obras mais aceleradas da Copa-2014, os meios para o financiamento do estádio continuam travados.

O empréstimo do BNDES e o incentivo fiscal da prefeitura, que somam o custo estimado da arena do Corinthians, R$ 820 milhões, ainda não foram liberados.

Além disso, a negociação dos naming rights conduzida pelo Corinthians está aberta.

Odebrecht e Corinthians aguardam resposta do pedido de empréstimo de R$ 400 milhões feito ao BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), que está sob análise.

E não podem contar com os R$ 420 milhões dos CIDs (Certificados de Incentivo ao Desenvolvimento), concedidos pela Prefeitura de São Paulo, ainda em tramitação.

Além do financiamento público enrolado, a venda dos naming rights do Itaquerão, que a diretoria do Corinthians diz ser o principal meio de o clube pagar a construtora, caminha a passos lentos para ser concretizada.

Até aqui, a obra, que estava 38% concluída no seu primeiro aniversário, ontem, vem sendo bancada exclusivamente pela Odebrecht.

A empreiteira já teve que fazer dois empréstimos-ponte para tocar a construção. Levantou no Banco do Brasil, em março, R$ 150 milhões. Antes, com o Santander, pegou R$ 100 milhões.

O plano da construtora é quitar essas dívidas bancárias assim que o dinheiro do BNDES for liberado.

No entanto, mais rápida que a verba federal deve ser o dinheiro oriundo da prefeitura. A primeira parte pode sair até julho.

O pedido do FI (Fundo Imobiliário), constituído para requisitar o benefício, está em andamento e pode ser apreciado pela Prefeitura de São Paulo em um mês -não há garantia desse prazo.

A primeira liberação deve ser referente ao andamento da obra. Ou seja, se 38% da construção está concluída, a intenção do FI é receber o mesmo percentual sobre os R$ 420 milhões concedidos, ou R$ 159,6 milhões.

Caso o pedido seja aprovado pela prefeitura paulistana, os certificados deverão ser negociados pelo Fundo Imobiliário no mercado com um deságio. Assim, na primeira liberação, entrará na conta do estádio menos que os R$ 159,6 milhões previstos.

Quem comprar os certificados só poderá usá-los para pagamento de ISS e IPTU.

"O FI está finalizando o pedido para os benefícios, e a Comissão de Construção do estádio deve se reunir em até três semanas para analisar o pedido. Acredito que o pedido deve ser aprovado logo", afirmou o secretário especial para a Copa em São Paulo, Gilmar Tadeu, ontem, no canteiro de obras do Itaquerão.

Além de Gilmar Tadeu, integram a Comissão de Construção da arena outros seis secretários municipais.

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