Acordo de campo de golfe pode ser revisto, diz Paes

O prefeito do Rio, Eduardo Paes, admitiu ontem que pode rever o acordo que viabilizou a construção do campo de golfe para os Jogos Olímpicos de 2016.

Dois grupos disputam no Tribunal de Justiça do Rio a posse do terreno de 377 mil metros quadrados.

De um lado, o empresário Pasquale Mauro, que negociou a área com o município, declara ser o proprietário. Do outro, a empresa Elmway Participações Ltda afirma ser dona da área. A Justiça do Rio ainda não deu uma decisão sobre o caso.

"Vamos fazer o acordo com quem for o dono do terreno. O importante é que a prefeitura não gaste recursos do tesouro municipal nesta obra", disse Paes, antes de se reunir com membros do COI (Comitê Olímpico Internacional).

Em março, o prefeito mostrou o projeto do campo de golfe, que custará cerca de R$ 60 milhões pagos pela iniciativa privada.

Em troca, o prefeito assinou decreto permitindo a construção de 23 prédios de 22 andares na região, beneficiando Pasquale Mauro e a construtora RJZ Cyrela.

Hoje, a comitiva de inspeção do COI vai visitar o canteiro de duas obras viárias na cidade. O projeto final da Vila Olímpica também será apresentado ao comitê.

O presidente da Autoridade Pública Olímpica, Márcio Fortes, disse que apresentará ao COI o pacote de obras olímpicas. Mas ele afirmou que ainda não tem os valores dos projetos.