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Edgard Alves

O papel da memória

A Copa do Mundo e a Olimpíada são alavancas para enriquecer a memória do esporte no Brasil

Quando a pira da Olimpíada de Londres se apagar em 12 de agosto próximo, os Jogos do Rio-2016 assumem o desafio. E a primeira atração já está programada: uma exposição com peças do museu do Comitê Olímpico Internacional. Virá de Lausanne, na Suíça, para tornar mais real a história do movimento olímpico aos olhos dos brasileiros, especialmente os habitantes do Rio de Janeiro e de sete outras capitais, que devem receber o acervo.

Para o fã do esporte, quando o assunto é Olimpíada, sem dúvida, logo vem à cabeça imagens de jogadas mirabolantes, não importa se de basquete, futebol, vôlei ou quaisquer outras modalidades, até mesmo a fantasia da graça de uma evolução na ginástica. Uma Olimpíada, no entanto, é um movimento complexo, com várias outras faces. E a memória faz reviver às sucessivas gerações o evento olímpico centenário, realizado a cada quatro anos, passando das competições propriamente ditas a um selo comemorativo, tochas, diplomas, insígnias, ingressos, livros e medalhas, entre inúmeros outros itens.

A mostra de material esportivo utilizado por campeões olímpicos em tempos passados permite interpretações sobre a evolução tecnológica nesse setor. Por exemplo, uma sapatilha de corrida de 1936, como a utilizada pelo norte-americano Jesse Owens, sensação dos Jogos de Berlim naquele ano, era bem diferente de uma similar na atualidade, mais leve, ou o tecido de um uniforme. O projeto vai dispor ainda de muita imagem.

E o torcedor gosta desse tipo de atração, como mostra o Museu do Futebol, no estádio do Pacaembu, passo importante na busca de informações e do resgate da história do futebol brasileiro, sem dúvida, a paixão esportiva nacional. Desde a sua inauguração, nunca ouvi comentário negativo sobre o museu, mas foram incontáveis os elogios, uma unanimidade.

Aliás, na área olímpica, embora pouco conhecida, é brasileira, particular, uma das mais destacadas coleções do mundo, do amazonense Roberto Gesta de Mello, longevo presidente da Confederação Brasileira de Atletismo. Gesta está deixando a entidade e assume novo trabalho, com diversos especialistas em diferentes partes do mundo, em uma série de publicações sobre o olimpismo e o desporto, algumas delas a serem editadas ainda no corrente ano. Além disso, constrói um prédio em Manaus, voltado para o estudo e a pesquisa do desporto.

A Copa do Mundo e a Olimpíada são alavancas que servem para impulsionar outras iniciativas brasileiras, enriquecendo a memória do esporte.

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