Brasil liga alerta a 41 dias de Jogos

O vôlei brasileiro, que normalmente chega à Olimpíada como um dos grandes favoritos ao ouro, ainda está longe de seu ideal restando pouco mais de um mês para o início de Londres-2012.

Tanto a equipe masculina quanto a feminina sofreram derrotas cruciais ontem.

Atuando na Finlândia, a seleção comandada por Bernardinho perdeu para a Polônia pela terceira vez nessa Liga Mundial -ontem, foi por 3 sets a 1 (22/25, 23/25, 25/21 e 22/25)- e agora corre sério risco de ficar fora da fase final da competição.

Com todos os jogos do grupo B já disputados, a Polônia se garantiu nas finais por ter encerrado a etapa na liderança. Já Brasil terá que aguardar o encerramento dos duelos nas outras três chaves. O melhor segundo colocado dos grupos garantirá vaga nas finais, que ocorrerão entre os dias 4 e 8 de julho.

"O sentimento, neste momento, é terrível. Precisávamos da vitória para garantir a classificação e, infelizmente, não conseguimos", disse o oposto Leandro Vissotto.

"Ainda temos uma chance de chegar às finais, mas não temos que pensar nisso agora. Vamos começar a treinar para as Olimpíadas", afirmou Bernardinho, que retornará com o time para o Brasil.

No feminino, o Brasil já vinha dando mostras de sua fragilidade durante todo o fim de semana antes de perder ontem para os EUA por 3 sets a 1 (20/25, 25/18, 25/18, 25/18 e 25/23) em São Bernardo.

Já nas vitórias contra a Alemanha -que nem está classificada para a Olimpíada- e ante a Itália -que veio com um time repleto de reservas-, o Brasil mostrou ter ainda um time muito irregular e ainda desentrosado.

Ontem, a equipe comandada por José Roberto Guimarães ainda passou a impressão, no início, de que poderia superar as americanas, atuais líderes do ranking mundial. O Brasil fez um primeiro set quase impecável.

Mas, nos sets posteriores, sucumbiu facilmente à superioridade das rivais, que contaram com uma grande atuação de Jordan Larson -maior pontuadora ao lado de Thaisa, com 20 pontos.

Outra que teve grande destaque foi Destinee Hooker, que se tornou bem conhecida do público brasileiro ao conduzir o Osasco ao título da última Superliga.

Apesar de o Grand Prix não ser a prioridade e de sua equipe ainda estar ganhando ritmo por conta de contusões, Zé Roberto reconheceu que o resultado foi amargo.

"Perder nunca é normal. Só traz problema", disse ele, que reconheceu a superioridade técnica dos rivais.

"Hoje, os EUA são um time que serve parâmetro para todo mundo. É o melhor disparado. Se aprendermos com isso, temos muito a evoluir."