Texto Anterior
|
Próximo Texto
| Índice | Comunicar Erros
Lúcio Ribeiro Falar o quê? Tirando o jogo mais importante da vida corintiana e o do século palmeirense, tudo tranquilo Sobre o que exatamente escrever em uma coluna de futebol de um jornal grande como este, de São Paulo, às vésperas de uma partida em que o time mais popular da cidade, do Estado, quase do país, vai jogar toda sua história de 102 anos tendo a grande chance de conquistar diante de sua fanática torcida e em seu estádio favorito o título mais sonhado, para abafar a chacota dos "inimigos" da região, os "três outros times", que já têm esse cobiçado troféu? Com a cidade (o Estado, o país) nervosa e com a respiração suspensa, falar sobre o quê? Sobre o principal rival, que nesta mesma bendita semana começa a disputar também uma decisão, em busca do resgate de sua grandeza esquecida lá no passado, tentando agarrar o primeiro título nacional deste século de já longos 12 anos? Falar dos rivais desses rivais, que não gozam de boa fase (um até ontem era o segundo melhor time do mundo, hoje frequenta a zona de rebaixamento do Brasileirão; o outro nem técnico tem) e por isso torcem muito para que esses dois clubes das finais acima se deem mal? Teimar no óbvio assunto "Corinthians" e repisar o tema "Romarinho", o jogador que (1) não era "ninguém" há duas semanas, depois (2) era "só" um moleque que todo mundo achava que tinha esse nome por causa do ex-craque Romário até fazer dois golaços contra o Palmeiras, e (3) agora pode ter feito na quarta passada o gol mais importante da história corintiana em seu primeiro toque na bola numa Libertadores? Mantenho o assunto "No futebol as coisas mudam rápido", mas abro espaço para a Eurocopa e falo sobre a crítica especializada saudando a goleada da Espanha na final contra a Itália poucos dias depois de levantarem dúvidas por a melhor seleção do mundo não escalar nenhum atacante no time titular? Aproveito a Espanha e centro foco em Fernando Torres, o jogador que começou o ano como piada internacional e chega em julho tendo ganhado a Copa da Inglaterra, a Champions League, a Euro 2012 e ainda por cima tendo sido eleito o "Chuteira de Ouro" como o atacante-artilheiro de um time que não escala atacantes? Escrevo sobre o Seedorf no Botafogo (vou repetir: o SEEDORF! E no BOTAFOGO!!)? Falo sobre o melhor time do Brasil, hoje, o Atlético-MG dos desprezados Richarlyson, Pierre e Leonardo Silva, que tem Bernard, o "Messi brasileiro"? Quer saber? Nesta semana vou é ficar quietinho. Só deixar as coisas acontecerem. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |