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Time não se intimida e domina argentinos

MARTÍN FERNANDEZ
DE SÃO PAULO

O Corinthians cravou seu nome na base de madeira da Taça Libertadores com mais uma exibição extraordinária de um time histórico.

Tratou o hexacampeão continental Boca Juniors como um qualquer. Fez o Pacaembu chamá-lo de "timinho", e com total razão.

A equipe armada por Tite mostrou na decisão da Libertadores suas melhores qualidades e soube como esconder seus (poucos) defeitos.

Com exceção talvez da metade do primeiro tempo, controlou o jogo, não se importou com o antijogo do Boca, nunca saiu dos trilhos.

Assim como não se intimidou ao jogar na Bombonera na semana passada, não sentiu o peso de decidir a Libertadores pela primeira vez.

Riquelme sempre tentou, mas a inteligência do Corinthians o fez sentir o tamanho de sua solidão. Seria mais feliz se vestisse branco ontem.

O Corinthians demorou a entrar no jogo. Passou o primeiro tempo inteiro sem uma chance de gol -tampouco cedeu oportunidades ao rival.

O Boca se comportava como se tivesse vencido o primeiro jogo em casa.

Demorava meses para cobrar qualquer falta. O goleiro Orión se machucou e levou uns três anos para ser substituído por Sosa, que, por sua vez, não comprometeu.

O Corinthians tentava manter a frieza no gramado. Nas arquibancadas, a torcida fazia de tudo para não deixar.

No segundo tempo, os dois times foram obrigados a jogar. E o Corinthians foi melhor, bem melhor.

Danilo brigou por um rebote na área e conseguiu dar para Emerson fuzilar Sosa e abrir o placar aos 9min.

Menos de 20 minutos depois, o mesmo Emerson aproveitou uma roubada de bola para concluir com frieza impensável à situação: 2 a 0.

Em meio ao barulho, dava para ouvir o silêncio que emanava dos quase 2.500 argentinos, que pararam de fazer seu gesto característico com as mãos na arquibancada.

Agora, o time vai buscar o bi mundial no Japão. Antes disso, terá pela frente o Brasileiro, onde hoje está na zona de rebaixamento. No domingo, o jogo é no Recife.

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