Las Vegas assiste à invasão de fãs brasileiros

"Tinha brasileiro por toda a parte", resmungou, inconformado, um norte-americano que acabara de assistir no ginásio do hotel-cassino MGM à luta entre Anderson Silva e Chael Sonnen. "Você viu quantos brasileiros havia lá? Como isso é possível?"

De fato, o campeão dos médios foi alvo, de longe, da reação positiva mais ruidosa da plateia.

Havia brasileiros paramentados de tudo o que era jeito: alguns estavam em seus trajes "civis".

Mas muitos, centenas, vestiam roupas verde e amarela. Uns poucos usavam o uniforme do Corinthians, time de Anderson.

Havia até um grupo com camisas e com a bandeira do Palmeiras, equipe que Sonnen afirmou ser a sua preferida, justamente para provocar o adversário.

Após a vitória de Anderson, palmeirenses contaram ter torcido pelo brasileiro. "Claro que torci pelo Anderson. Qual o problema de vir com roupa do Palmeiras?", respondeu Luiz Ornelas, 60, que vestia uma camisa da equipe do Parque Antarctica.

Ao final da luta, Anderson pendurou no pescoço a faixa do título da Libertadores, conquistada pelo Corinthians na última quarta em São Paulo.

Os momentos em que Sonnen demonstrou certo domínio no primeiro assalto foram acompanhados de coros de "USA, USA". Ele foi xingado em português após o combate.

Na saída do ginásio, alguns torcedores chegaram a se estranhar quando, incomodados com os brasileiros que comemoravam com gritos de "Silva, Silva, Silva", os norte-americanos contra-atacavam com o nome do ídolo caído.