Organização prevê plano contra chuva

O Locog (Comitê Organizador dos Jogos de Londres) já preparou medidas extraordinárias e até mesmo um plano B para a Olimpíada por conta dos efeitos da chuva durante as competições. Foi o que explicou o presidente do comitê, Sebastian Coe.

Há previsão de tempo chuvoso para este mês e o início do próximo, período que abrange metade do evento.

Há cuidados especiais com o solo de alguns locais de competição, como Greenwich, sede dos eventos de hipismo que é composta de terra.

A sede da vela, em Dorset, é outra que preocupa o comitê organizador em relação à sua manutenção por conta das fortes chuvas no local.

E, se a água não parar de cair, há planejamento para adiamentos das competições.

Mas mudanças só serão feitas se, de fato, a chuva apertar durante os torneios.

"Temos planos de contingência para o remo, o hipismo, a vela e, claro, o tênis de Wimbledon", declarou Coe, lembrando que a tradicional sede do tênis está acostumada a ter adiamentos provocados pelo mau tempo.

O presidente do Locog admitiu que o tempo se tornou um desafio à organização.

"É um problema. Tornou-se um desafio extra", disse o dirigente, que, no entanto, afirmou que não tem checado relatórios meteorológicos durante todo dia.

E fez piadas sobre a situação. "Acho que vamos ter céu aberto nos Jogos", ironizou. Para depois acrescentar: "Como inglês, estou sempre falando sobre o tempo".

Outros dois problemas afetam a Olimpíada a dez dias de sua abertura oficial: ingressos e segurança.

Em novo episódio da crise da empresa que comanda a segurança olímpica, a GS4, o chefe Nick Bukles admitiu ao Congresso estar "humilhado" pela sua incapacidade de fornecer o número de pessoas necessárias para proteger os Jogos. O Exército e a polícia terão de cobri-los.

E afirmou que sua empresa, que é uma das maiores do mundo no ramo, não irá concorrer para fornecer segurança para os Jogos do Rio-2016 e para a Copa-2014, que usará segurança privada.

Coe, mais uma vez, disse que a segurança da Olimpíada não será comprometida.

O dirigente do Locog anunciou ainda que desistiu de vender 500 mil ingressos para partidas de futebol por causa da fraca procura.

Os organizadores ainda reduzirão a capacidade de alguns estádios para criar uma atmosfera de torcedores mais próximos das partidas.

Ainda haverá uma parcela de ingressos -150 mil- a preços menores para estudantes.

Assim, a partir de agora, resta aproximadamente 1 milhão de entradas para serem comercializadas, sendo 300 mil para outros esportes e o restante para o futebol.

Para Coe, Londres-2012 conseguiu vender um bom número de ingressos de futebol considerando a tradicional falta de interesse pela modalidade nos Jogos. "Haverá 40 mil pessoas na estreia do time feminino de futebol do Reino Unido", declarou.