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Tocha faz QG do Brasil virar parque de diversões

Torcedores invadem Crystal Palace para ver o fogo olímpico passar

DOS ENVIADOS A LONDRES

Crianças brincando na areia, pulando, pessoas sentadas na grama, pais correndo atrás dos filhos. Parecia o cenário de um dia no parque. Mas era o principal centro de treinamento da delegação brasileira em Londres.

O Crystal Palace foi invadido ontem por centenas de pessoas que foram assistir à passagem da tocha olímpica.

A equipe de atletismo que treina ali deixou caixa de areia, colchão e pista para as crianças brincarem e assumiu o posto de espectadora.

Com câmeras e celulares nas mãos, os atletas brasileiros fotografaram tudo, do início ao fim, e posaram para fotos ao lado de Marlon Devonish, medalha de ouro no 4 x 100 m dos Jogos de Atenas-2004, que carregou a chama por alguns metros.

"É emocionante, o fogo [de participar da Olimpíada] acendeu. Vai caindo a ficha aos poucos. Tem que segurar a ansiedade", afirmou a saltadora Keila Costa.

"Eu vi as crianças brincando na caixa de areia e me lembrei de quando eu comecei. É muito legal ver aonde eu cheguei", disse a atleta.

Às 10h43, o narrador anunciou a chegada da tocha ao parque. Às 10h48, o corredor apontou no estádio, desceu as escadas e percorreu parte da pista. Depois, foi cercado pelos fãs, em busca de fotos e apertos de mão.

Devonish é um ídolo britânico, mas não se classificou para esta edição dos Jogos.

"[Minha mensagem para os brasileiros que estão no Crystal Palace] é que eles aproveitem o clima da Olimpíada. É especial. Infelizmente não estou na seleção, mas essa foi uma forma especial de participar dos Jogos."

O revezamento da tocha completa hoje 67 dias. Ela ainda vai passar por mais pontos turísticos de Londres e, na sexta, chegará ao Estádio Olímpico e será usada para acender a pira. Ao fim, a chama terá percorrido quase 13 mil quilômetros nas mãos de 8.000 corredores.

Ontem também houve o hasteamento da bandeira brasileira na Vila Olímpica. Mas o evento foi esvaziado pela concentração dos atletas do país no Crystal Palace.

O contingente brasileiro era formado principalmente por cartolas -só meia dúzia de atletas participaram-, liderados por Bernard Rajzman, chefe da delegação nacional. Porta-bandeira do Brasil, o cavaleiro Rodrigo Pessoa esteve no evento. (EDUARDO OHATA E MARIANA LAJOLO)

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