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Mind the gap*

Na China, esporte é para mulher

PAULO COBOS
EDITOR-ADJUNTO DE ‘ESPORTE’

NA China, a população masculina é maior do que a feminina. Lá, a participação das mulheres na política é bastante pequena. A política de filho único faz casais, especialmente no interior, optarem pelo aborto quando descobrem que terão uma menina.

Mas, para peitar os EUA na luta pelo topo no quadro de medalhas olímpicas, é às mulheres que a China recorre.

Nenhum dos grandes países do esporte nos Jogos de Londres terá uma equipe tão feminina como a chinesa. Segundo dados oficiais da Olimpíada, 57% da delegação de quase 400 atletas do gigante asiático é de mulheres.

Isso contra uma proporção geral de 44%, de 51% no caso dos EUA e de 48% na delegação brasileira.

A equipe chinesa é um ponto fora da curva do perfil da bilionária população do país. Lá, são 106 homens para cem mulheres.

Nos Estados Unidos, são 97 homens para cada cem mulheres e, no Brasil, a proporção é de 98 pessoas do sexo masculino para cada cem mulheres.

Em Pequim, quando já ficou no topo do quadro de medalhas, a China produziu mais com suas mulheres. Dos pódios do país, 58% foram conquistados em provas femininas.

Além do tamanho e da qualidade olímpica, o esporte feminino chinês rompeu barreiras que o masculino não alcançou.

Nenhum esporte coletivo chinês masculino é potência. Entre as mulheres, o país é força considerável no vôlei e no futebol.

Em Londres, a China não terá representante no tênis masculino. Entre as mulheres, serão quatro, incluindo Li Na, que em 2011 se tornou, em Roland Garros, a primeira asiática a ganhar um título individual de um Grand Slam.

*ATENÇÃO AO VÃO (ENTRE O TREM E A PLATAFORMA), ALERTA TÍPICO DO METRÔ LONDRINO

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