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Novos ricos

Países em desenvolvimento ignoram crise e abrem os cofres para chamar a atenção nos Jogos Olímpicos

Stefen Wermuth/Reuters
A tenista Maria Sharapova, porta-bandeira da Rússia, treina em Wimbledon
A tenista Maria Sharapova, porta-bandeira da Rússia, treina em Wimbledon

DANIEL BRITO
ENVIADO ESPECIAL A LONDRES

Brasil, Rússia, Índia e China parecem participar de uma disputa particular de quem gasta mais nos Jogos.

Eles compõem o grupo chamado Bric, de nações em desenvolvimento, e apostam no alto investimento para impressionar. O momento é propício, dada a atual situação econômica da Europa.

Os mais perdulários são brasileiros e russos, coincidentemente, sedes dos três maiores eventos esportivos do mundo no quadriênio.

A Rússia, que receberá a versão de inverno dos Jogos Olímpicos na cidade de Sochi, em 2014, vai gastar R$ 50 milhões para exibir sua pujança em um dos endereços mais nobres de Londres.

Em Kensington Gardens, colado ao Hyde Park, a partir de amanhã, entra em funcionamento a Casa Russa.

Nos 6.000 metros quadrados haverá, entre outras coisas, um rinque de patinação no gelo em pleno verão londrino e um cinema de 4D com imagens de um passeio pela cadeia de montanhas Krasnodar, próximo a Sochi.

Em Perks Fields, ao lado do Hyde Park, está montado o Rússia Sochi Park. Local em que haverá um festival de verão, com atrações culturais, esportivas e culinárias da Rússia. Grandes estrelas do esporte do país, como Ielena Isinbaieva, do salto com vara, e Maria Sharapova, do tênis, farão aparições no local.

"O mundo é fascinado pela Rússia", justificou Alexander Zhukov, presidente do comitê olímpico do país.

Os brasileiros pagaram R$ 23 milhões para montar a Casa Brasil, espaço para promover o Rio como sede da Olimpíada-2016 e da Copa-2014.

O município e o Estado do Rio fizeram aporte de R$ 4 milhões. A previsão é de 1.500 visitantes por dia no lugar.

Já os indianos conseguiram autorização britânica para promover nos principais pontos turísticos de Londres degustação de seus famosos chás em 1º e 2 de agosto.

A Índia presenteou a cidade-sede dos Jogos com um monumento chamado The Orbit, a torre olímpica.

Instalada no Parque Olímpico, a construção foi majoritariamente financiada pelo empresário indiano Lakshmi Mittal, magnata do aço e dono da empresa ArcelorMittal.

Custou 22,7 milhões de libras -quase R$ 70 milhões.

A China chegou a Londres com uma verve mais discreta. Preferiu investir na delegação de atletas, até porque gastou muito com estrutura nos últimos anos -Pequim foi sede dos Jogos em 2008.

O governo britânico prepara uma atmosfera de amizade para receber políticos e empresários do país asiático.

Para amenizar os efeitos da crise financeira, o primeiro-ministro David Cameron quer participar de ações na área de saúde, tecnologia, mineração e transporte na China que podem render bilhões de libras à Grã-Bretanha.

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