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Seleção conhece, de novo, mais um 'quase' contra seu maior rival

BASQUETE
Brasil esboça reação no fim, mas perde por 5 pontos para a Argentina e está eliminado dos Jogos

DOS ENVIADOS A LONDRES

A seleção masculina de basquete acrescentou, ontem, em Londres, mais um "quase" à sua vasta coleção.

O time comandado por Rubén Magnano quase voltou a uma semifinal olímpica depois de 44 anos. Mas perdeu para a Argentina, por 82 a 77.

Com o resultado, a seleção encerrou sua participação em 2012 com o quinto lugar. É a quarta vez em 14 participações em Olimpíadas que o país termina nesta colocação.

Desde 2010, é a segunda vez que o Brasil de Magnano falha ao tentar alcançar um resultado histórico. De novo contra a Argentina, a mesma que o atual treinador da seleção ajudou a montar e transformar em campeã olímpica nos Jogos de Atenas-2004.

Dois anos atrás, os brasileiros caíram diante dos vizinhos nas oitavas de final do Mundial da Turquia, em jogo parecido com o de ontem em North Greenwich. A diferença foi que o Brasil atuou com o que tem de melhor em Londres. E a Argentina, também.

Não havia mais espaço para o já batido discurso de desfalques por lesão ou "motivos pessoais", como acontecera nos "quase" anteriores.

O pivô Nenê, ausente havia cinco anos da equipe nacional, estava em quadra. Leandrinho, que não jogou o Pré-Olímpico do ano passado, também. Assim como Anderson Varejão, que sofreu com contusões em temporadas passadas. Todos sem reclamar de lesões mais graves.

Com sua força máxima, a seleção quase bateu a versão 2012 do Dream Team dos EUA em amistoso preparatório, em Washington, no mês passado. Também por muito pouco, não derrotou a seleção francesa, uma semana antes da estreia em Londres.

Já na Olimpíada, os jogadores saíram de quadra dizendo "quase" após a derrota para a Rússia, na quarta rodada, ao permitir uma cesta de três pontos a quatro segundos do final. Em seguida, os brasileiros quase acusaram os espanhóis de entregar a vitória na última partida da primeira fase. Preferiram vencê- -los para atacá-los com alfinetá-los nas entrevistas.

Desses resultados nasceu o cruzamento de ontem contra a Argentina, a maior algoz da seleção nos últimos anos.

Os rivais também vieram completos. Com a grande estrela, Manu Ginóbili, em turnê de despedida da equipe.

E no encontro de forças máximas, o Brasil quase foi atropelado pela Argentina. Chegou a estar 15 pontos em desvantagem. Diminuiu para dois a quatro minutos do fim. Mas o time do "quase" não teve pernas para virar.

Teve um aproveitamento pífio nos lances livres. Desperdiçou nada menos que 12 dos 24 tiros a que teve direito, quatro na última parcial.

"Tínhamos um sonho de chegar à semifinal e lutar pela medalha, depois de muito tempo sem disputar a Olimpíada. Tentamos, mas não conseguimos", disse o ala-pivô Guilherme Giovannoni.

"Infelizmente, o sonho acabou", decretou Magnano.

Mesmo eliminado em Londres, existem duas certezas para a seleção: já é a primeira classificada para Rio-2016, por ser o país sede. E Magnano, que renovou contrato recentemente, será o treinador. (DANIEL BRITO E LEANDRO COLON)

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