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Brasileiras viram zebras em reedição da decisão de 2008 Seleção feminina reencontra os EUA e joga favoritismo para adversárias DAS ENVIADAS A LONDRESO adversário é o mesmo da decisão dos Jogos Olímpicos de Pequim. Mas, quatro depois do primeiro ouro da história do vôlei feminino brasileiro, é como se a seleção tivesse de reaprender a jogar. O nome estampado na camisa do outro lado da quadra ainda é Estados Unidos. As norte-americanas, porém, melhoraram seu jogo, tornaram-se ainda mais incômodas e tiraram das brasileiras a condição de favoritas. Desde agosto do ano passado, no Grand Prix, o time do técnico José Roberto Guimarães não consegue vencer as rivais. Nos últimos quatro anos, foram seis vitórias dos EUA, contra três do Brasil. Por isso, frases como a da capitã Fabiana não parecem estranhas na boca de jogadoras que tentam hoje, às 12h30, se transformarem nas primeiras atletas do país a conquistarem dois ouros consecutivos desde Adhemar Ferreira da Silva, bicampeão no salto triplo, em 1952 e 1956. E vai além: elas podem ser as primeiras mulheres do Brasil em toda a história olímpica a atingirem o feito. Já o técnico José Roberto Guimarães, campeão com o masculino em Barcelona-1992 e o feminino quatro anos atrás, pode ser o primeiro brasileiro com três ouros. "Se a gente jogar concentrada e bem taticamente, pode até dificultar o jogo", afirmou a central brasileira. O favoritismo dessa vez está todo do outro lado. As jogadoras da seleção colocam as norte-americanas como as melhores do mundo hoje. Desde Pequim, os EUA conseguiram renovar seu elenco com atletas que atualmente carregam a equipe, como Destinee Hooker, Foluke Akirandewo e Christa Harmotto. Já o Brasil ainda espera peças novas, como Dani Lins e Fernanda Garay, se firmarem. Mas a tranquila semifinal contra o Japão, anteontem, aumentou o nível de confiança da equipe brasileira. Após uma vitória emocionante contra a Rússia, em que salvaram seis match-points, as jogadoras conseguiram se manter concentradas, impor seu ritmo e não se abalar. "A disciplina tática de jogar contra os EUA está muito ligada à força psicológica. Vendo o time mais sereno em quadra, fico mais tranquilo", afirmou Zé Roberto. O treinador tem razão para se preocupar com o controle emocional da equipe. Na competição em Londres, o time correu risco de não se classificar aos mata-matas e acumulava más atuações durante a primeira fase. "Acho que em todos os jogos que perdemos para os EUA, o time perdeu um pouco a paciência. Tem que ser paciente como contra o Japão. A defesa delas será boa, elas bloqueiam bem", disse. Brasileiras e norte-americanas já duelaram em Londres. Quando ainda passava por uma fase negativa, o time dirigido por Zé Roberto perdeu por 3 a 1. Foi a primeira vez desde Barcelona-1992 que o país sofreu um revés na fase inicial de Olimpíadas. "Nós temos que reaprender para ontem como derrotar os EUA. Na verdade, nós já sabemos. Só temos que nos ajustar", afirmou a atacante Paula Pequeno. (MARIANA BASTOS E MARIANA LAJOLO)
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