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Luta volta a ser instrumento de diplomacia

DA ENVIADA A LONDRES

O esporte que já foi usado para tentar unir as duas nações voltou a opor EUA e Irã.

Na final da categoria até 74 kg da luta livre, Jordan Burroughs e Sadegh Saeed Goudarzi lutaram pelo ouro.

Uma disputa que poderia ser tensa, com casa cheia e bandeiras dos dois países espalhadas pela arquibancada. Muitos gritos. Mas que terminou com os dois lutadores abraçados, posando para fotos, aplausos para todos.

Burroughs, o lutador norte-americano, tinha o ouro pendurado no pescoço.

"Não importa quem está do outro lado. Se a rainha da Inglaterra entrar na arena, eu provavelmente vou agarrar as pernas dela e derrubá-la", disse o campeão olímpico.

O lutador já recusou propostas do MMA (artes marciais mistas, em inglês) e diz querer se tornar o maior campeão de luta livre dos EUA.

Ontem, deu o primeiro passo. Terá de ganhar todos os Mundiais e Olimpíadas até 2017 para atingir sua meta.

Os dirigentes da federação norte-americana da modalidade acreditam que o lutador vai virar "um deus" no Irã após a conquista de ontem.

O esporte é muito popular no país e já foi usado como instrumento de diplomacia.

Entre 1998 e 2004, iranianos e norte-americanos viajaram para disputar diversos amistosos. Às vezes na América, outras no golfo Pérsico.

O intercâmbio foi interrompido em 2005, com a chegada de Mahmoud Ahmadinejad ao poder no Irã.

Em 2007, os EUA voltaram a enviar atletas para disputar uma competição no país.

Foram muito festejados pelos iranianos, e a TV local exibiu todos os combates. Fez apenas um corte, quando um norte-americano subiu na arquibancada para festejar a medalha e foi beijado pelos torcedores. (MARIANA LAJOLO)

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