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Olimpíada

Sem rivais, Nuzman concorre à reeleição

Destituições e diálogo dispersam oposição

EDUARDO OHATA
DE SÃO PAULO

Agora sem oposição, Carlos Arthur Nuzman, presidente do Comitê Olímpico Brasileiro há 17 anos, busca hoje, no Rio, sua quarta reeleição.

O mandatário, que acumula a direção do comitê organizador da Olimpíada-16, viu o grupo de presidentes de confederações que lhe faziam oposição, mesmo que de maneira informal, se dispersar.

À frente de uma chapa única e sem vozes dissonantes, os preparativos para essa eleição difere totalmente da que aconteceu quatro anos atrás.

Este ano, o edital de convocação foi publicado no jornal "O Globo", de circulação nacional, há um mês. Há quatro anos, o aviso fora publicado em jornais de circulação consideravelmente menor: no "Jornal dos Sports" e no "Jornal do Commercio", e os eleitores avisados das eleições a poucos dias do pleito.

O estatuto do COB e o regimento interno da assembleia, que, juntos, explicam o funcionamento da eleição, antes guardados a sete chaves, foram agora disponibilizados no site do comitê na internet.

O fim do núcleo opositor que reunia entre oito e nove cartolas, teve início em 2011, quando se posicionaram em torno de Ary Graça, presidente da Confederação de Vôlei.

Ouviram do cartola, eleito mês passado presidente da Federação Internacional de Vôlei, que, se Nuzman não saísse candidato e indicasse outro nome para a chapa situacionista que não o seu, se candidataria pela oposição.

Mas Nuzman confirmou a condição de candidato, e, na sequência, Ary ratificou seu apoio a ele, fato divulgado pela assessoria do comitê.

Um a um, os cartolas "rebeldes" foram chamados para reuniões com Nuzman, fortalecido desde a última eleição pela Olimpíada de 2016.

Também aconteceram destituições de presidentes, inclusive de críticos da política do COB, ou cuja gestão não era vista com bons olhos.

O resultado foi a desidratação do grupo de oposição.

À Folha, em abril, o presidente da Confederação Brasileira de Desportos no Gelo, Eric Maleson, denunciou a tentativa do COB de forçá-lo a contratar profissionais indicados pelo comitê e operações bancárias suspeitas. Disse ainda que a ação para tirá-lo da CBDG fora orquestrada pela cúpula do COB.

Maleson buscou registrar chapa de oposição, rejeitada pelo regimento interno. Promete ir à assembleia hoje.

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