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Tostão

Melhor é tomar um chá

Está na hora de Mano Menezes definir mais as coisas e parar de convocar atletas sem futuro

Está na hora de Mano Menezes definir mais as coisas e parar de convocar jogadores que não têm nenhum futuro. Os resultados não são bons, já que a seleção principal não ganhou de nenhum forte adversário.
Com Júlio César, Marcelo, Neymar e, talvez, Kaká -é uma grande dúvida para a Copa-, a equipe melhora bastante.
Nos dois últimos amistosos, gostei de ver Hernanes mais pelo lado, com liberdade, como um terceiro jogador de meio-campo, marcando e atacando, diferente da maneira que atuou no São Paulo (era volante) e que joga na Lazio, onde é um meia-
-atacante.
A principal contribuição de Mano Menezes foi a marcação mais à frente. Os dois volantes, Lucas e Fernandinho, mesmo sem brilho -não há outros melhores-, são jogadores de meio-campo. Marcam e avançam quando recuperam a bola. Não
há mais o cabeça de área, plantado à frente dos zagueiros.
A Argentina tem mais deficiências individuais e coletivas que o Brasil. O time venceu ontem a Colômbia (2 a 1). No empate, em Buenos Aires, com a Bolívia, vi, pela primeira vez, Messi muito mal. Em outras partidas da seleção, ele não brilhou. Nessa, cometeu vários erros técnicos, um bisonho. Quando o cérebro está tenso, o corpo se descontrola.
A Espanha, após a Copa, perdeu para Itália, Portugal, Argentina e, agora, para a Inglaterra. O Brasil deveria ter aproveitado a ressaca do time espanhol.
No Mundial, a Espanha dominou todos os adversários, deu uma aula de troca de passes e de futebol coletivo, mas correu o risco de perder todas as partidas que ganhou, geralmente por 1 a 0. Há um excesso de excepcionais armadores e só um atacante eficiente (Villa), que atua pelos lados. Fernando Torres é uma decepção. Mesmo assim, quando as coisas apertavam, o time melhorava quando o técnico colocava um atacante.
A Inglaterra armou uma retranca e ganhou da Espanha em um lance de bola parada. O time inglês não fez um único bom contra-ataque. Foi uma típica vitória para enganar. Com o técnico Fábio Capello, a equipe não melhorou em nada.
A presença de Capello nos estádios, em todos os jogos dos times ingleses, tão elogiada, é, muitas vezes, um desperdício de tempo. Qual a vantagem de ver tanto o grandalhão Peter Crouch, que só tem uma jogada, pelo alto?
Seria melhor se o técnico ficasse um pouco mais em casa, tomando um chá, pensando na vida e no futebol. Quem sabe surgiria uma interessante e nova ideia para sair da mesmice?

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