São Paulo, quinta-feira, 01 de março de 2007

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Beisebol dos EUA terá no Rio seleção feita na web

Critérios vão de "cortes respeitáveis de cabelo" ao não-uso de piercings

Datas da liga universitária, de onde geralmente saem os atletas, impedem técnico de fazer seletiva antes da data-limite para os Jogos

DO UOL

Para formar uma seleção americana rumo ao Pan, a confederação de beisebol dos EUA escolheu um método inusitado: inscrições pela internet.
Para aproveitar a oportunidade, o primeiro passo é baixar o formulário no site da confederação de beisebol do país.
Lá estão os pré-requisitos: além de ser cidadão dos EUA, ser federado e ser preferencialmente um atleta de liga universitária fora do draft da Major League da próxima temporada.
A seletiva pela internet tem uma explicação, segundo o coordenador técnico Eric Campbell. "Os EUA têm até o dia 11 para definir a equipe e enviar os nomes para o Pan. A liga universitária tem o fim em 25 de junho. Por isso, não conseguiremos fazer seletivas."
Os universitários são uma opção quase obrigatória para os norte-americanos. Atletas da milionária Major League não participam de um torneio sem seguro. O segundo é o doping. Até pouco tempo atrás, a lista de substância proibidas da liga profissional era bem mais branda do que a do Comitê Olímpico Internacional.
O técnico do Brasil, Mitsuyoshi Sato, surpreso com o método, preferiu não tecer muitos comentários. "É difícil falar sobre isso. Vou procurar saber a respeito", afirmou.
Além dos requisitos acima, é necessário também uma recomendação de um técnico ou um dirigente do time do atleta.
Após o envio do formulário, o comitê da seleção ligará para os pré-selecionados. As entrevistas, via telefone, terão obrigatoriamente menos de uma hora e todos os dados que o atleta passar serão conferidos depois.
Há uma exigência a mais. Para selecionar os 20 jogadores que viajarão para o Brasil, o comitê da seleção, composto por cinco membros, terá que decidir unanimemente a favor da convocação do atleta.
Após convocados, os jogadores ainda contam com um rígido sistema de controle, como toque de recolher na concentração, corte de cabelo "respeitável" e curto, o não-uso de piercing e a abstinência de álcool e cigarros.
No Rio, os EUA, vice no esporte nos últimos dois Pans, têm a quase impossível missão de derrotar Cuba, nove vezes campeã consecutivamente.
O único ouro dos EUA em Pans foi em 1967, em Winnipeg, no Canadá. Lá, os cubanos ficaram em segundo. O Brasil, apesar de disputar a modalidade desde os primeiros Jogos em 1951, nunca foi medalhista.


Colaborou a Reportagem Local


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