São Paulo, domingo, 01 de abril de 2007

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outro foco

Pela 1ª vez "mundial", clássico fica em 2º plano

Palmeiras e São Paulo se enfrentam no Paulista de olho em outros torneios

Adversários de hoje no Morumbi disputarão jogos decisivos na semana para suas pretensões na Copa do Brasil e na Taça Libertadores

PAULO GALDIERI
RODRIGO BUENO
TONI ASSIS

DA REPORTAGEM LOCAL

Até hoje, o clássico entre Palmeiras e São Paulo não opunha times campeões mundiais. Pois a Fifa tratou de mudar isso, ao reconhecer o clube do Parque Antarctica como detentor do título em 1951, resolução anunciada há apenas dois dias.
Ironicamente, porém, o primeiro embate "mundial" entre palmeirenses e são-paulinos, a partir das 16h, no Morumbi, não deverá merecer de ambos os times um tratamento à altura de quatro troféus mundiais.
Palmeiras e São Paulo entram em campo preocupados com suas situações em outros torneios que disputam paralelamente ao Paulista -Copa do Brasil e Libertadores, respectivamente- e com campanhas relativamente bem assentadas no Campeonato Estadual.
Os donos do mundo 56 anos atrás, segundo aval da Fifa, estão em terceiro lugar, próximos da classificação às semifinais do Paulista graças ao bom desempenho nas últimas rodadas e à sorte de também contar com tropeços sucessivos de adversários diretos pela vaga nos mata-matas do torneio.
Já na Copa do Brasil, torneio considerado prioritário no Parque Antarctica, o momento não é tão sossegado assim.
No jogo de quinta-feira, o Palmeiras precisará de uma vitória por pelo menos três gols de diferença (isso se não sofrer nenhum) sobre o mineiro Ipatinga para avançar sem precisar das penalidades e seguir com o sonho de pegar o "atalho" para a Taça Libertadores. "Eu considero a Copa do Brasil muito importante", diz Caio Júnior, o técnico palmeirense.
O São Paulo, tricampeão mundial, vive situação semelhante: tranqüilidade no Paulista, aperto na Libertadores.
Com lugar praticamente assegurado nas semifinais do Estadual de SP, os são-paulinos se voltam descaradamente para o jogo de quarta-feira com o mexicano Necaxa pelo torneio continental. Até um empate pode complicar o avanço aos mata-matas da Libertadores.
Por isso, o técnico Muricy Ramalho estuda escalar time misto para poupar atletas que considera mais importantes.
Entre os jogadores, o interesse no clássico também é diminuto. "Todos aqui estão respirando o jogo de quarta-feira. Não dá para falar diferente. Só vamos pensar no clássico contra o Palmeiras mesmo quando entrarmos no estádio", declara o zagueiro Alex Silva.
Reservadamente, há jogadores no clube do Morumbi que chegam a dizer que, mesmo em campo, tentarão se poupar.


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