DA REPORTAGEM LOCAL

Pivô da única crise da invicta gestão de Roberto Rojas até aqui, o lateral Thiago, 20, faz hoje a sua segunda partida como jogador profissional, a segunda como titular da lateral direita do São Paulo.
Cabelo raspado com duas riscas demarcadas, à la Reinaldo, a quem homenageou porque sempre o ajudou a pagar as passagens de ônibus, Thiago agradou ao treinador chileno, que o preferiu a Leonardo, contratado no final de 2002 com status de estrela, e Gabriel, que ganha 86 vezes mais do que ele -R$ 1.000 x R$ 86 mil. Mas Thiago, que vive sozinho no CT da Barra Funda para economizar, já tem como procurador Wágner Ribeiro, o mesmo de Kaká e Robinho.
Seu salário é enviado para a mãe, que mora com sua irmã em uma casa modesta em Taboão da Serra (SP). Sua namorada, Juliana, com quem tem dois filhos -Rian,1, e Adriana, 2-, vive em Caucaia (SP).
Tem sido assim desde janeiro, quando Oswaldo de Oliveira escolheu alguns juniores para treinarem junto com os profissionais. Começou como terceiro suplente, apenas para compor, vez ou outra, o time reserva. Ganhou com o afastamento de Gabriel do time titular e também do banco.
Há uma semana, sem tempo nem para avisar a mãe, soube na preleção que jogaria contra o Grêmio, no Sul, uma vez que Leonardo estava com uma indisposição gástrica. "A gente trabalha para isso, mas, quando eu soube na preleção que jogaria, levei um baque", disse ele, que foi bem e tomou a vaga de Leonardo. "O Thiaguinho me convenceu", disse o técnico interino. (MR)


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