São Paulo, sexta-feira, 01 de junho de 2007

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outros tempos

Sem Ronaldo, seleção pena com a 9

Contra Inglaterra, Dunga segue com o seu fracassado laboratório na busca de um substituto para o goleador das Copas

Confronto é o primeiro dos ingleses no novo Wembley, que pode ver Jô e Afonso no papel que foi do "Fenômeno" de 1996 até o ano passado


DA REPORTAGEM LOCAL

Para Dunga, Ronaldo tem sido carta fora do baralho. E a seleção brasileira, que hoje faz amistoso contra a Inglaterra, no primeiro jogo de seleções adultas no novo estádio de Wembley, virou um laboratório -fracassado até agora- na busca de um artilheiro para substituir o antigo ídolo.
Os novos candidatos ao cargo do maior artilheiro da história das Copas são o ex-corintiano Jô, 20, e Afonso, 26, artilheiro do Campeonato Holandês.
Eles começam hoje na reserva de Vágner Love, um dos que fazem os números de Ronaldo serem uma miragem para os centroavantes do time nacional sob seu atual comando.
Já são nove jogos na era Dunga, com apenas quatro gols marcados por todos os centroavantes de ofício que entraram em campo (Vágner Love, Ricardo Oliveira, Adriano, Rafael Sobis e Fred) -em alguns casos, dois deles estiveram no gramado ao mesmo tempo.
A média de 0,4 por jogo fica muito longe do 0,7 de Ronaldo com a camisa da seleção. Mesmo em momentos medianos, como na Copa da Alemanha, em 2006, o hoje jogador do Milan foi mais eficiente -teve média de 0,6 tento por partida.
Em público, Dunga diz que o "Fenômeno" pode voltar ao time nacional, mas a verdade é que as portas estão fechadas para o atacante no momento.
Sem um artilheiro que resolva, o técnico quer que os outros jogadores ofensivos (Ronaldinho, Kaká e Robinho) apareçam contra os ingleses.
"São três jogadores aos quais não se pode dar uma única função. Eles têm de ter liberdade, mas logicamente que com responsabilidade coletiva", afirmou o treinador, que considera um desperdício Ronaldinho ficar mais fixo pelo lado esquerdo do ataque, como geralmente faz no espanhol Barcelona.
As novas apostas exalam confiança. Jô, que penava para ir às redes nos tempos de Parque São Jorge, celebra seu novo estilo no russo CSKA. "No Corinthians, eu jogava mais atrás e por isso marcava poucos gols. Agora, tenho liberdade na frente, e os gols começaram a sair."
"Agora o torcedor brasileiro vai poder me conhecer melhor. Espero não decepcionar a confiança do Dunga no meu futebol, se tiver a chance de jogar contra a Inglaterra", afirmou Afonso, que começou no Atlético-MG e defende o Heerenven.
As novidades do banco de reserva não se repetem no time brasileiro que começa o jogo de hoje. A irritação de Dunga pelo pedido de dispensa para a Copa América não foi capaz de tirar Kaká e Ronaldinho do time.
Na zaga, Naldo, que joga na Alemanha e esteve na convocação passada, ganhou a corrida contra o ex-santista Alex para substituir o lesionado Lúcio.
"Ele vai ter a chance de iniciar um jogo pela primeira vez e mostrar que tem condições de atuar na seleção", disse Dunga, que, depois do duelo com os ingleses, terá outro amistoso antes da Copa América -enfrenta a Turquia, na Alemanha, na terça-feira. O torneio continental começa no final do mês.


NA TV - Inglaterra x Brasil
Globo, ao vivo, às 16h



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