São Paulo, domingo, 01 de agosto de 2004

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"Não vou falar de medalhas; a melhora deve ser qualitativa"

O presidente do COB, Carlos Arthur Nuzman, recusa-se a estipular uma meta em termos de medalhas ou colocação do Brasil no quadro final da Olimpíada de Atenas, que começa na semana que vem.
Diz que não pensa nisso. Lembra que não fazia tal projeção na sua época de presidente da CBV (Confederação Brasileira de Vôlei). Pede à imprensa análise "equilibrada" da participação nacional em Atenas.
Integrante da seleção de vôlei que foi à Olimpíada de 1964, Nuzman diz ainda que não quer desmotivar os atletas ao tornar público um objetivo para os Jogos -algo que envolveria descartar alguns esportes.
"Eles dizem: "Quero melhorar meus resultados e ir a Pequim [sede dos Jogos de 2008] tentar uma medalha". Estão conscientes dos limites. Esses limites que cada um tem são da proporção dessa ascensão que vem tendo o esporte, dentro do aporte desses recursos", afirma. "Ou você acha que eu digo: "Essa aqui não está com a cabeça de que pode ganhar medalha?" Não vou dizer isso. Meu espírito de atleta, que gostaria de botar em todos, é o de acreditar que sempre dá. Mas isso faz parte do espírito de cada um."
Com esse espírito, Nuzman considerou boa a participação em Sydney (12 medalhas, nenhum ouro) e mantém boa margem de manobra para as cobranças após os Jogos. Avisa, de qualquer forma, que os "oito anos" para tornar o país uma potência olímpica -que citou ao entrar no COB, em 1995- só devem ser contados a partir do momento em que passar a ter ainda mais dinheiro do que lhe dá a Lei Piva, assinada em 2001. (ROBERTO DIAS E EDGARD ALVES)



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