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TOSTÃO
Notas e divagações
Sem ser colunista político, hoje, dia de eleições e quando me despeço para as férias, é difícil saber o que escrever
ESTOU DIANTE do papel, com a
caneta na mão, sem saber o
que escrevo. Falta um assunto que me agrade e também aos leitores. Esse branco deve ter a ver com
a eleição de hoje e com as minhas férias. A coluna voltará a ser publicada
no dia 29 de outubro.
Poderia falar das eleições, mas
não sou colunista político nem vou
fazer boca-de-urna dos meus candidatos. Mas incomoda-me saber que
muitas pessoas estão mais indignadas com o vídeo sensual de uma celebridade com seu namorado na
praia do que com a endêmica corrupção brasileira.
Qualquer cidadão, famoso ou não,
tem o direito de dizer o seu voto
e/ou apoiar seu candidato. Mas queria saber qual é o motivo, a proximidade do gaúcho Dunga para com o
mineiro Aécio Neves, que justifique
a ida do treinador da seleção brasileiro a Belo Horizonte para participar de uma pelada com artistas e ex-atletas em apoio à reeleição do governador.
Certamente, a razão não é um
apoio ideológico, sentimento em desuso neste mundo globalizado, em
que predomina a troca de favores.
Poderia escrever sobre a Copa
Sul-Americana, mas ela está muito
desvalorizada.
No empate por 0 a 0 contra o Lanús, o Corinthians atuou novamente somente pelo centro, com os
meias Carlos Alberto e Roger. Leão
não fez nada para corrigir essa deficiência. Só reclamou.
Após a partida, o técnico pôs a culpa na falta de talento individual pelos poucos gols do time, mesmo sabendo que nenhuma equipe brasileira tem hoje três bons jogadores do
meio para a frente como Amoroso,
Carlos Alberto e Roger.
Não é hora de pararmos de afirmar que Leão, bom treinador, está
entre os três melhores técnicos brasileiros?
Enquanto isso, o presidente do
Corinthians, Alberto Dualib, o vice
Nesi Curi e o empresário Renato
Duprat, que está em todas, completaram um mês em Londres. Nunca
vi no futebol uma parceria tão enrolada como essa do Corinthians com
a MSI.
O sonho de Vanderlei Luxemburgo de ser desclassificado da Copa
Sul-Americana está perto de ser realizado com a derrota por 3 a 0 para o
San Lorenzo.
Somente o Atlético-PR venceu
um time argentino, por 1 a 0, contra
os reservas do River Plate. Até os times argentinos, que adoram uma
Copa, desprezam a Sul-Americana.
As únicas soluções para a Copa
Sul-Americana são explodi-la ou ser
disputada na mesma época da Libertadores sem permitir que uma
equipe jogue as duas competições
como na Europa e/ou premiar o
campeão da Sul-Americana com
uma vaga na Libertadores.
Poderia falar sobre o Campeonato
Brasileiro, mas escrevi essa coluna
antes das partidas de ontem.
São Paulo e Internacional que
eram, com folga, os melhores times
do Brasil, caíram de produção e estão no nível de vários outros. Agora,
o torneio ficou realmente nivelado
por baixo. Se os principais times da
segunda divisão disputassem hoje a
primeira, eles fariam boas campanhas? Parece que sim.
Poderia escrever sobre a Copa dos
Campeões da Europa, onde estão os
melhores jogadores do mundo, mas
deixo isso para o especialista Rodrigo Bueno. Barcelona e Ronaldinho
tiveram razoáveis atuações no empate contra o Werder Bremen, por 1
a 1. O atacante camaronês Samuel
Eto'o, contundido, ficará cinco meses sem jogar e fará muita falta ao
Barcelona. A única solução para
substituí-lo é contratar Obina.
Acabou o espaço, e eu ainda não
encontrei um bom, único e interessante assunto para escrever.
O jeito é publicar essas notas e divagações.
Até o dia 29.
tostao.folha@uol.com.br
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