São Paulo, domingo, 01 de outubro de 2006

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Taça do Brasileiro fica curta e eterna

CBF lança nesta temporada o novo troféu do Nacional, que vai diminuir de tamanho e ficar para sempre em disputa

Parecido com a peça dada ao campeão Corinthians no ano passado, troféu poderá ser erguido por capitão e enfim ser bem reconhecido

RODRIGO BUENO
DA REPORTAGEM LOCAL

A taça de campeão brasileiro está renovada, com a mesma cara dos últimos anos, mas com um corpinho bem mais enxuto.
A CBF (Confederação Brasileira de Futebol) definiu que o troféu do principal campeonato do país será encolhido e eternizado. A partir deste ano, a peça, menor que a vista nos últimos anos, não será mais conquistada em definitivo pelo time que a ganhar por três vezes, cinco vezes ou coisa do tipo.
"A taça será igual à de 2005, mas menor. A outra era muito grande. A taça está identificada com o Campeonato Brasileiro", afirmou Rodrigo Paiva, assessor de imprensa da CBF.
A entidade que rege o futebol brasileiro foi obrigada a aposentar no ano passado a taça que vinha sendo disputada desde 1993. O troféu, pelo regulamento do torneio, ficaria para sempre com o clube que o conquistasse por três vezes, de forma consecutiva ou alternada. O Corinthians o tirou de cena por triunfar em 1998, 1999 e 2005.
A idéia da CBF é permitir, com uma taça menor, um manuseio melhor do objeto (ficava difícil para um capitão ou qualquer outra pessoa erguer solitariamente a taça passada) e, principalmente, fixar a imagem do troféu no imaginário geral.
As principais competições mundo afora contam com um troféu bem característico, que vira objeto de cobiça. As taças da Copa do Mundo, da Copa dos Campeões e da Libertadores da América são facilmente reconhecidas. Também é tradição nos Nacionais na Europa um troféu padrão. Alguns países, como Alemanha e Holanda, têm uma taça prateada em forma de prato, por exemplo.
No regulamento do Nacional deste ano, consta que a nova taça denomina-se ""Troféu Campeão Brasileiro", cuja posse será assegurada ao clube que houver conquistado o torneio.
A CBF, que já fez vários troféus de campeão brasileiro desde 1971, quando o Nacional foi criado, vai oferecer ao clube campeão uma réplica da taça, além de 50 medalhas douradas para atletas e comissão técnica. O time que for vice-campeão fica com 50 medalhas de prata.
Pelo regulamento do Brasileiro, a CBF poderá negociar comercialmente a adoção de um outro nome para o troféu de campeão. Há uma tendência mundial de patrocinadores batizarem campeonatos e taças -o Mundial de Clubes e a Libertadores, por exemplo, levam o nome da Toyota.
A CBF, que ainda cuida da confecção da nova taça, já trabalha nos festejos do Brasileiro, que tem agora apenas 12 rodadas até o seu final. No ano passado, a entidade lançou a sua primeira seleção do campeonato e investiu em uma cerimônia de gala para a premiação dos destaques da competição.
Pela classificação do Brasileiro, dificilmente haverá campeão inédito neste ano. Porém o vencedor da disputa será pioneiro nesta nova era do troféu.


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