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FUTEBOL NO MUNDO
Ano Novo
RODRIGO BUENO
Novo Mundial de Clubes, nova Libertadores, nova Copa dos
Campeões, novas eliminatórias
da Copa, nova Copa da Uefa,
nova Copa Mercosul...
2000 é um ano rico para quem
gosta de futebol internacional.
Os primeiros dias já trazem o
primeiro Mundial de Clubes da
Fifa, que, independente da qualidade ou da imposição de alguns participantes, é de fato
uma realização, algo há muito
esperado.
Janeiro não pára aí. O Pré-Olímpico, no Brasil, com Luxemburgo, com ou sem premiação, será duro, tanto que uma
vidente ganhou destaque ao
prever que o Uruguai ficará com
uma das duas vagas em Sydney
e a Argentina ficará de fora (videntes costumam fazer só previsões óbvias). A vidente ignorou
ainda bons times, como o Paraguai, que com dez homens empatou com o Brasil, e a Colômbia, que venceu o Paraguai.
Em fevereiro, nasce a maior
Libertadores, potencialmente a
mais difícil, pois só dois passam
da primeira fase, que terá cinco
times brasileiros e quatro argentinos. E times do mesmo país poderão se pegar nas semifinais,
algo tão justo quanto inédito.
Em março, começam as maiores eliminatórias da história, tão
grandes que terminam no outro
milênio. Antes, enxuta, podiam
ser disputadas no ano anterior à
Copa, com o Brasil pegando times fracos. Agora, é difícil achar
um mês sem um jogo e, vez ou
outra, o rival é a Argentina.
Na metade do ano, clubes e seleções da Europa roubam a cena. Primeiro, em maio, com as
primeiras decisões das infladas
Copa dos Campeões e Copa da
Uefa, as Superligas que a Uefa e
a Fifa acabaram permitindo.
No mês seguinte, Bélgica e Holanda inauguram para valer a
fase das sedes conjuntas de um
grande torneio de futebol com a
Eurocopa. E uma dúzia de favoritos disputam a última grande
taça de seleções do século 20.
Em setembro, o foco é Sydney,
onde o Brasil tentará o inédito
ouro olímpico (alguns parágrafos acima uma vidente previu a
classificação brasileira).
Mas, na América do Sul, a Copa Mercosul passa a ter times
por critério técnico, apesar de
manter ainda bom rol de convidados. O torneio poderá até levar seu campeão ao Mundial de
Clubes da Fifa, como quer a
Confederação Sul-Americana e,
certamente, a Traffic.
No final do ano, o velho e bom
Mundial interclubes, ao contrário do que se imaginava, deverá
dar mais um respiro. A menos
que Corinthians, Manchester
United ou Real Madrid tenham
um ano perfeito, teremos dois
campeões mundiais em 2000.
Mas não é só isso este ano.
À margem do grande noticiário, outros continentes também
garantem emoções. A Copa da
África será dividida por Gana e
Nigéria, países que mais simbolizam o ""futebol arte" africano e
que antecipam a era das sedes
conjuntas. Já a Copa da Ásia,
acredite ou não, será no Líbano.
2000 é mesmo 200 x 10.
E-mail rbueno@folhasp.com.br
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