São Paulo, Domingo, 02 de Janeiro de 2000


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FUTEBOL NO MUNDO
Ano Novo

RODRIGO BUENO

Novo Mundial de Clubes, nova Libertadores, nova Copa dos Campeões, novas eliminatórias da Copa, nova Copa da Uefa, nova Copa Mercosul...
2000 é um ano rico para quem gosta de futebol internacional.
Os primeiros dias já trazem o primeiro Mundial de Clubes da Fifa, que, independente da qualidade ou da imposição de alguns participantes, é de fato uma realização, algo há muito esperado.
Janeiro não pára aí. O Pré-Olímpico, no Brasil, com Luxemburgo, com ou sem premiação, será duro, tanto que uma vidente ganhou destaque ao prever que o Uruguai ficará com uma das duas vagas em Sydney e a Argentina ficará de fora (videntes costumam fazer só previsões óbvias). A vidente ignorou ainda bons times, como o Paraguai, que com dez homens empatou com o Brasil, e a Colômbia, que venceu o Paraguai.
Em fevereiro, nasce a maior Libertadores, potencialmente a mais difícil, pois só dois passam da primeira fase, que terá cinco times brasileiros e quatro argentinos. E times do mesmo país poderão se pegar nas semifinais, algo tão justo quanto inédito.
Em março, começam as maiores eliminatórias da história, tão grandes que terminam no outro milênio. Antes, enxuta, podiam ser disputadas no ano anterior à Copa, com o Brasil pegando times fracos. Agora, é difícil achar um mês sem um jogo e, vez ou outra, o rival é a Argentina.
Na metade do ano, clubes e seleções da Europa roubam a cena. Primeiro, em maio, com as primeiras decisões das infladas Copa dos Campeões e Copa da Uefa, as Superligas que a Uefa e a Fifa acabaram permitindo.
No mês seguinte, Bélgica e Holanda inauguram para valer a fase das sedes conjuntas de um grande torneio de futebol com a Eurocopa. E uma dúzia de favoritos disputam a última grande taça de seleções do século 20.
Em setembro, o foco é Sydney, onde o Brasil tentará o inédito ouro olímpico (alguns parágrafos acima uma vidente previu a classificação brasileira).
Mas, na América do Sul, a Copa Mercosul passa a ter times por critério técnico, apesar de manter ainda bom rol de convidados. O torneio poderá até levar seu campeão ao Mundial de Clubes da Fifa, como quer a Confederação Sul-Americana e, certamente, a Traffic.
No final do ano, o velho e bom Mundial interclubes, ao contrário do que se imaginava, deverá dar mais um respiro. A menos que Corinthians, Manchester United ou Real Madrid tenham um ano perfeito, teremos dois campeões mundiais em 2000.
Mas não é só isso este ano.
À margem do grande noticiário, outros continentes também garantem emoções. A Copa da África será dividida por Gana e Nigéria, países que mais simbolizam o ""futebol arte" africano e que antecipam a era das sedes conjuntas. Já a Copa da Ásia, acredite ou não, será no Líbano.
2000 é mesmo 200 x 10.

E-mail rbueno@folhasp.com.br



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