São Paulo, terça-feira, 02 de fevereiro de 2010

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Schumacher volta e se compara a um menino

Afastado das pistas há mais de três anos, alemão crava o terceiro tempo do dia

Na estreia pela Mercedes, heptacampeão estranha ver Felipe Massa passar a seu lado com a Ferrari, equipe que defendeu por 11 anos

DA REPORTAGEM LOCAL

Empolgado como "um menino com seu brinquedo novo", em suas próprias palavras, Michael Schumacher, 41, voltou ontem oficialmente à F-1 e, pelos tempos anotados no primeiro dia de testes para o Mundial de 2010, mostrou que está tão competitivo quanto antes.
"Foi como nos velhos tempos", derreteu-se o sisudo Ross Brawn, chefe do alemão na Mercedes e com quem já conquistou títulos em suas passagens por Benetton e Ferrari.
O motivo de tanta empolgação foi o desempenho do heptacampeão, que se aposentou no fim da temporada de 2006. Depois de observar o trabalho do companheiro, Nico Rosberg, pela manhã, Schumacher assumiu o volante do W01 -exibido pela primeira vez ontem- e precisou de apenas 17 voltas para cravar um tempo melhor.
"Eu me senti muito confortável no carro. E tudo fluiu de maneira bem natural", falou o alemão, que havia guiado um F-1 atual pela última vez em abril de 2008, em testes pela Ferrari.
"Tive a mesma sensação do início da minha carreira, em 1991, quando, na primeira volta, eu pensei: "Nossa, isso é muito rápido!". E aí, na segunda, eu estava extremamente empolgado", completou Schumacher, que cravou o terceiro melhor tempo do dia, com 1min12s947.
O único momento de estranheza para o alemão após mais de três anos aposentado foi ao ver Felipe Massa na pista. "De repente eu vi meu carro antigo do meu lado... Foi estranho."
O mais veloz ontem foi justamente Massa, que também voltou à ativa após mais de seis meses afastado devido ao grave acidente que sofreu durante a classificação do GP da Hungria.
O ferrarista conseguiu marcar 1min12s574 e, dos oito pilotos que treinaram ontem em Valencia, foi quem mais milhagem acumulou -408 km.
"Estou satisfeito com este primeiro dia, especialmente porque rodamos bastante e não tivemos nenhum problema", falou o brasileiro, que prossegue treinando com o F10 hoje. "Minha impressão do carro foi bastante positiva, e ele é bem mais fácil de se guiar do que o F60 [modelo usado em 2009]."
Outro brasileiro em ação foi Rubens Barrichello, que estreou na Williams (teve problemas no acelerador e foi sexto).


Com agências internacionais

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