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Schumacher volta e se compara a um menino
Afastado das pistas há mais de três anos, alemão crava o terceiro tempo do dia
Na estreia pela Mercedes, heptacampeão estranha ver Felipe Massa passar a seu lado com a Ferrari, equipe
que defendeu por 11 anos
DA REPORTAGEM LOCAL
Empolgado como "um menino com seu brinquedo novo",
em suas próprias palavras, Michael Schumacher, 41, voltou
ontem oficialmente à F-1 e, pelos tempos anotados no primeiro dia de testes para o Mundial
de 2010, mostrou que está tão
competitivo quanto antes.
"Foi como nos velhos tempos", derreteu-se o sisudo Ross
Brawn, chefe do alemão na
Mercedes e com quem já conquistou títulos em suas passagens por Benetton e Ferrari.
O motivo de tanta empolgação foi o desempenho do heptacampeão, que se aposentou no
fim da temporada de 2006. Depois de observar o trabalho do
companheiro, Nico Rosberg,
pela manhã, Schumacher assumiu o volante do W01 -exibido
pela primeira vez ontem- e
precisou de apenas 17 voltas para cravar um tempo melhor.
"Eu me senti muito confortável no carro. E tudo fluiu de maneira bem natural", falou o alemão, que havia guiado um F-1
atual pela última vez em abril
de 2008, em testes pela Ferrari.
"Tive a mesma sensação do
início da minha carreira, em
1991, quando, na primeira volta, eu pensei: "Nossa, isso é muito rápido!". E aí, na segunda, eu
estava extremamente empolgado", completou Schumacher,
que cravou o terceiro melhor
tempo do dia, com 1min12s947.
O único momento de estranheza para o alemão após mais
de três anos aposentado foi ao
ver Felipe Massa na pista. "De
repente eu vi meu carro antigo
do meu lado... Foi estranho."
O mais veloz ontem foi justamente Massa, que também voltou à ativa após mais de seis
meses afastado devido ao grave
acidente que sofreu durante a
classificação do GP da Hungria.
O ferrarista conseguiu marcar 1min12s574 e, dos oito pilotos que treinaram ontem em
Valencia, foi quem mais milhagem acumulou -408 km.
"Estou satisfeito com este
primeiro dia, especialmente
porque rodamos bastante e não
tivemos nenhum problema",
falou o brasileiro, que prossegue treinando com o F10 hoje.
"Minha impressão do carro foi
bastante positiva, e ele é bem
mais fácil de se guiar do que o
F60 [modelo usado em 2009]."
Outro brasileiro em ação foi
Rubens Barrichello, que estreou na Williams (teve problemas no acelerador e foi sexto).
Com agências internacionais
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