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Endividados, rivais viram perdulários
RICARDO PERRONE
DO PAINEL FC
RODRIGO MATTOS
DA REPORTAGEM LOCAL
Sob o ponto de vista financeiro, neste início de
temporada Corinthians e
Palmeiras vivem realidades parecidas: dívidas
crescentes, receitas comprometidas e, ainda assim,
gastos altos no futebol.
É o que mostram análises das contas dos dois clubes até o final de 2007.
No Corinthians, o débito era de R$ 118,8 milhões,
um aumento de cerca de
70% sobre o ano anterior.
Os dados são do site do
clube, excluídas receitas a
realizar e direitos de imagem a pagar dos passivos.
No Palmeiras, o balanço
de 2007 obtido pela Folha
mostra dívida de R$ 74,6
milhões, crescimento de
34% em relação a 2006. A
conta excluiu do passivo o
débito com a Palmeiras
S.A., empresa que pertence ao próprio clube.
Nas dívidas, os dois clubes apresentam várias receitas antecipadas -as da
Federação Paulista de Futebol têm sido reduzidas.
Ao final do ano, o Corinthians tinha antecipações
de R$ 10 milhões, entre
FPF e Clube dos 13. Em
2008, pegou grande parte
do patrocínio da Medial
no início da temporada.
Em caixa, havia R$ 2,3
milhões, pois R$ 20 milhões da venda de Willian
foram-se em 2007. Isso
não impediu o clube de ter
um técnico de R$ 230
mil/mês. Nem de trazer 15
atletas e de prever gasto
de mais de R$ 60 milhões
com futebol em 2008.
O Palmeiras, em 2007,
ganhou com antecedência
R$ 6,6 milhões da Fiat,
quase todo o valor anual.
Já havia ganho antecipações da FPF e da Adidas.
O dinheiro da Fiat salvou o caixa porque as aplicações financeiras, no ano
passado, caíram de R$ 7,2
milhões para R$ 845 mil.
O problema é que o orçamento prevê gastos de
R$ 67 milhões com o futebol, mas as receitas devem
bater em R$ 58 milhões.
Não é à toa. O técnico
Vanderlei Luxemburgo
tem o maior salário do futebol nacional: cerca de
R$ 500 mil. E reforços caros da Traffic, como Diego
Souza, Kléber e Lenny,
são pagos pelo clube.
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