São Paulo, domingo, 02 de março de 2008

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Mano usa "grife gaúcha" contra Luxemburgo

Técnico do Palmeiras tem retrospecto negativo ante rivais do Rio Grande do Sul

Além de desvantagem nos confrontos com Mano, palmeirense sofre com derrotas desde série contra Scolari, na década de 90

EDUARDO ARRUDA
PAULO GALDIERI
RENAN CACIOLI
DA REPORTAGEM LOCAL

Não se trata apenas de um confronto entre técnicos. Como se não bastasse reencontrar seu algoz de 2007, Mano Menezes, Vanderlei Luxemburgo desafiará a escola gaúcha. Historicamente, a que mais estragos causou em sua carreira.
Foram oito confrontos decisivos em que o atual comandante do Palmeiras cruzou com treinadores do Rio Grande do Sul. Em apenas dois deles Luxemburgo levou a melhor.
No Paulista de 2001, então no Corinthians, bateu na decisão o Botafogo, de Lori Sandri. Dois anos depois, conquistou sua quarta taça nacional à frente do Cruzeiro. Na partida em que ratificou o título, despachou o Paysandu, de Ivo Wortmann.
Além da "grife", Mano Menezes tem retrospecto favorável. Em seis confrontos com Luxemburgo, venceu três, perdeu dois e empatou um.
O mais importante triunfo ocorreu na Libertadores do ano passado. No confronto que definiria o adversário do Boca Juniors na final, Mano levou a melhor após os 2 a 0, no Olímpico, e os 3 a 1 contra, na Vila.
Em Brasileiros, foram quatro confrontos, com duas vitórias, um revés e um empate.
"Depende muito das equipes. Não tem confronto de técnico contra técnico. Às vezes, um grande técnico perde jogos porque a outra equipe está em um momento melhor", analisou o comandante do Corinthians. "Não há rivalidade com o Mano. Perdi a semifinal da Libertadores, e a primeira coisa que fiz foi ligar para cumprimentá-lo", despistou o do Palmeiras.
Mas a dor de cabeça de Luxemburgo com a escola gaúcha começou bem antes. Na semifinal da Copa do Brasil de 1995, ele conheceu seu mais duro oponente: Luiz Felipe Scolari. Na batuta do Flamengo, perdeu a classificação à final.
No ano seguinte, novo encontro, agora pelas quartas-de-final do Brasileiro. Nem o poderoso Palmeiras de Cafu, Djalminha, Rivaldo, Luizão e Müller, campeão Paulista na campanha dos 102 gols, foi capaz de superar o Grêmio de Scolari.
O atual técnico da seleção portuguesa repetiria a dose em 1997, então à frente do Palmeiras. Na segunda fase do Brasileiro, venceu o Santos por 1 a 0 e enterrou a chance de Luxemburgo ir à final com o Vasco.
Outro carrasco oriundo dos pampas gaúchos foi Tite. Sob sua liderança, o Grêmio venceu o jogo que decidiu o título da Copa do Brasil de 2001. Após empate por 2 a 2 no Sul, triunfo por 3 a 1 em pleno Morumbi.
Até mesmo um dos maiores vexames do currículo de Luxemburgo teve como protagonista um treinador gaúcho.
Foi o desconhecido Ubirajara Veiga quem dirigiu o ainda mais incógnito ASA, de Arapiraca, na Copa do Brasil de 2002. Resultado: eliminação, em casa, logo na primeira fase.


NA TV - Corinthians x Palmeiras
Globo e Band, às 16h, ao vivo



Texto Anterior: Endividados, rivais viram perdulários
Próximo Texto: Alviverde busca ajustar base de 2007 com reforços
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.