São Paulo, domingo, 02 de outubro de 2005

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FUTEBOL

Nas estréias de Nelsinho, Luizão e Cláudio Pitbull atual campeão saiu de campo vaiado ao empatar com Fortaleza

Santos não acerta ponteiros e leva vaias

DA REPORTAGEM LOCAL

Tinha tudo para ser uma festa repleta de estreantes, mas o Santos "não acertou os ponteiros do seu relógio" e teve de se contentar com um insosso 0 a 0 ante o Fortaleza, ontem, em plena Vila Belmiro, pelo returno do Brasileiro.
Nem os debutantes, o técnico Nelsinho Baptista -substituto de Gallo-, muito menos o quadrado santista -contou com o atacante Luizão, que temia o fuso horário brasileiro já que havia chegado no último domingo do Japão -, recompensaram o apoio dos 13.019 torcedores, que vaiaram o atual campeão brasileiro.
O esquema tático de Nelsinho - um esboço do "quarteto mágico" da seleção- foi completado pelos meias Giovanni, que voltou de contusão após duas semanas fora, e Ricardinho, também teve o avante estreante Cláudio Pitbul.
O Santos entrou em campo apostando na fama de recordista de Nelsinho e Luizão, respectivamente uns dos poucos técnicos e atletas que já passaram pelos quatro grandes (Santos, Palmeiras, São Paulo e Corinthians).
Mas nem a presença "mítica" deles foi capaz de melhorar o desempenho santista, que errou muitas finalizações. Foram 18 durante toda a partida. Só quatro delas chegaram a meta do goleiro Bosco, do Flamengo, segundo o Datafolha. O time cearense foi pior, das 12 que fez, acertou duas.
Em termos práticos, o empate teve gosto de derrota para o Santos, que acumulou o segundo jogo seguido sem vitória -já vinha de derrota para o Fluminense (4 a 3), em Volta Redonda, no Rio.
O Santos está com 48 pontos, num provisório quinto lugar e pode ser ultrapassado hoje pelo Palmeiras, que enfrenta o Vasco em São Januário, no Rio. Já o Fortaleza chegou a 41 e continua em posições intermediárias.
O time da Vila jogou sem sua referência na marcação: o volante Zé Elias, que contundido deu lugar a Bóvio -este acabou substituído pelo estreante Heleno no início do segundo tempo, devido a falta de combatividade.
O melhor nos desarmes na etapa inicial foi o lateral-direito Paulo César, com 13 intervenções em 70 tentativas do Santos. O Fortaleza fez 71 obstruções.
Dentro de campo, Giovanni mostrou toques de classe, Luizão, arrancadas e alguns chutes, Cláudio Pitbull, boa colocação, e Ricardinho orientava os companheiros. Mas foi pouco para um time que "dormiu" e quer o título.
Apesar da plástica das jogadas, o que interessa é bola na rede. E nesse critério o Santos ficou devendo. Das dez finalizações que deu no primeiro tempo, só duas foram ao gol cearense.
As melhores chances foram com Cláudio Pitbull, aos 5min, de longe, e aos 45min, dentro da área. Ele, que foi quem mais chutou, arriscou outras duas vezes.
E dos cinco arremates cearenses, só um, do lateral-direito Chiquinho deu "trabalho" para o arqueiro Saulo, aos 36min.
Do banco de reservas, o novo treinador do Santos tentou mostrar serviço. No segundo tempo, trocou Bóvio por Heleno.
A mudança deu um lampejo de a equipe que quase fez aos 4min. De canhota, Claúdio Pitbull carimbou a trave. No rebote, Ricardinho cabeceou para fora.
Aos 26min, Nelsinho atendeu a torcida e pôs o atacante Basílio no lugar de Giovanni. Seis minutos depois, sacou Luizão, que saiu aplaudido, para a entrada de Geílson. O Fortaleza ainda teve o volante Dude expulso aos 46min, após falta em Basílio, mas o Santos esqueceu a hora de marcar.

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