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FUTEBOL
Nas estréias de Nelsinho, Luizão e Cláudio Pitbull atual campeão saiu de campo vaiado ao empatar com Fortaleza
Santos não acerta ponteiros e leva vaias
DA REPORTAGEM LOCAL
Tinha tudo para ser uma festa
repleta de estreantes, mas o Santos "não acertou os ponteiros do
seu relógio" e teve de se contentar
com um insosso 0 a 0 ante o Fortaleza, ontem, em plena Vila Belmiro, pelo returno do Brasileiro.
Nem os debutantes, o técnico
Nelsinho Baptista -substituto de
Gallo-, muito menos o quadrado santista -contou com o atacante Luizão, que temia o fuso horário brasileiro já que havia chegado no último domingo do Japão -, recompensaram o apoio
dos 13.019 torcedores, que vaiaram o atual campeão brasileiro.
O esquema tático de Nelsinho
- um esboço do "quarteto mágico" da seleção- foi completado
pelos meias Giovanni, que voltou
de contusão após duas semanas
fora, e Ricardinho, também teve o
avante estreante Cláudio Pitbul.
O Santos entrou em campo
apostando na fama de recordista
de Nelsinho e Luizão, respectivamente uns dos poucos técnicos e
atletas que já passaram pelos quatro grandes (Santos, Palmeiras,
São Paulo e Corinthians).
Mas nem a presença "mítica"
deles foi capaz de melhorar o desempenho santista, que errou
muitas finalizações. Foram 18 durante toda a partida. Só quatro delas chegaram a meta do goleiro
Bosco, do Flamengo, segundo o
Datafolha. O time cearense foi
pior, das 12 que fez, acertou duas.
Em termos práticos, o empate
teve gosto de derrota para o Santos, que acumulou o segundo jogo
seguido sem vitória -já vinha de
derrota para o Fluminense (4 a 3),
em Volta Redonda, no Rio.
O Santos está com 48 pontos,
num provisório quinto lugar e
pode ser ultrapassado hoje pelo
Palmeiras, que enfrenta o Vasco
em São Januário, no Rio. Já o Fortaleza chegou a 41 e continua em
posições intermediárias.
O time da Vila jogou sem sua referência na marcação: o volante
Zé Elias, que contundido deu lugar a Bóvio -este acabou substituído pelo estreante Heleno no
início do segundo tempo, devido
a falta de combatividade.
O melhor nos desarmes na etapa inicial foi o lateral-direito Paulo César, com 13 intervenções em
70 tentativas do Santos. O Fortaleza fez 71 obstruções.
Dentro de campo, Giovanni
mostrou toques de classe, Luizão,
arrancadas e alguns chutes, Cláudio Pitbull, boa colocação, e Ricardinho orientava os companheiros. Mas foi pouco para um
time que "dormiu" e quer o título.
Apesar da plástica das jogadas,
o que interessa é bola na rede. E
nesse critério o Santos ficou devendo. Das dez finalizações que
deu no primeiro tempo, só duas
foram ao gol cearense.
As melhores chances foram
com Cláudio Pitbull, aos 5min, de
longe, e aos 45min, dentro da
área. Ele, que foi quem mais chutou, arriscou outras duas vezes.
E dos cinco arremates cearenses, só um, do lateral-direito Chiquinho deu "trabalho" para o arqueiro Saulo, aos 36min.
Do banco de reservas, o novo
treinador do Santos tentou mostrar serviço. No segundo tempo,
trocou Bóvio por Heleno.
A mudança deu um lampejo de
a equipe que quase fez aos 4min.
De canhota, Claúdio Pitbull carimbou a trave. No rebote, Ricardinho cabeceou para fora.
Aos 26min, Nelsinho atendeu a
torcida e pôs o atacante Basílio no
lugar de Giovanni. Seis minutos
depois, sacou Luizão, que saiu
aplaudido, para a entrada de Geílson. O Fortaleza ainda teve o volante Dude expulso aos 46min,
após falta em Basílio, mas o Santos esqueceu a hora de marcar.
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