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Lei que regulamenta o futebol deverá mudar
DO ENVIADO A BRASÍLIA
Os senadores da CPI do Futebol
se comprometeram ontem a
apresentar um projeto de lei ao final dos trabalhos da comissão alterando as normas que regulamentam o esporte no país.
A decisão atende aos interesses
do governo federal, que quer aumentar a carga de impostos paga
pelos clubes de futebol, e agrada
às federações estaduais.
O senador Álvaro Dias (PSDB-PR), presidente da comissão, disse ainda que será proposta uma lei
de responsabilidade administrativa para os dirigentes esportivos.
Para Dias, se os dirigentes tivessem de responder judicialmente
por seus atos, eles poderiam ser
punidos mesmo após terem deixado os cargos.
Segundo a Previdência Social, a
rotatividade de alguns dirigentes
está entre os principais pontos
que dificultam o trabalho dos fiscais do governo.
Banco Central
O senador Geraldo Althoff
(PFL-SC), relator da CPI do Futebol, criticou ontem as investigações do BC (Banco Central) relativas às transações cambiais envolvendo os grandes clubes de futebol e empresários.
"O BC mais uma vez deixa seu
caráter de fiscalização em situação comprometedora", disse.
Anteontem, os senadores ouviram o depoimento de Ricardo
Liao, diretor do departamento de
combate a ilícitos cambiais e financeiros do Banco Central.
Mas o que foi dito por Liao parece não ter agradado aos senadores. "Achávamos que as investigações estariam mais adiantadas",
disse Álvaro Dias.
O BC abriu processos contra 22
grandes clubes (em transações
que envolveram cerca de US$ 100
milhões). Aos senadores, Liao revelou os nomes dos times, durante uma sessão reservada.
"Só revelaremos publicamente
os nomes do clubes quando as investigações estiverem mais adiantadas", afirmou Dias ontem.
Os senadores requisitaram todos os processos, que devem ser
recebidos na próxima semana.
(JAB)
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