São Paulo, quinta-feira, 02 de novembro de 2000

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Lei que regulamenta o futebol deverá mudar

DO ENVIADO A BRASÍLIA

Os senadores da CPI do Futebol se comprometeram ontem a apresentar um projeto de lei ao final dos trabalhos da comissão alterando as normas que regulamentam o esporte no país.
A decisão atende aos interesses do governo federal, que quer aumentar a carga de impostos paga pelos clubes de futebol, e agrada às federações estaduais.
O senador Álvaro Dias (PSDB-PR), presidente da comissão, disse ainda que será proposta uma lei de responsabilidade administrativa para os dirigentes esportivos.
Para Dias, se os dirigentes tivessem de responder judicialmente por seus atos, eles poderiam ser punidos mesmo após terem deixado os cargos.
Segundo a Previdência Social, a rotatividade de alguns dirigentes está entre os principais pontos que dificultam o trabalho dos fiscais do governo.

Banco Central
O senador Geraldo Althoff (PFL-SC), relator da CPI do Futebol, criticou ontem as investigações do BC (Banco Central) relativas às transações cambiais envolvendo os grandes clubes de futebol e empresários.
"O BC mais uma vez deixa seu caráter de fiscalização em situação comprometedora", disse.
Anteontem, os senadores ouviram o depoimento de Ricardo Liao, diretor do departamento de combate a ilícitos cambiais e financeiros do Banco Central.
Mas o que foi dito por Liao parece não ter agradado aos senadores. "Achávamos que as investigações estariam mais adiantadas", disse Álvaro Dias.
O BC abriu processos contra 22 grandes clubes (em transações que envolveram cerca de US$ 100 milhões). Aos senadores, Liao revelou os nomes dos times, durante uma sessão reservada.
"Só revelaremos publicamente os nomes do clubes quando as investigações estiverem mais adiantadas", afirmou Dias ontem.
Os senadores requisitaram todos os processos, que devem ser recebidos na próxima semana.
(JAB)

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