São Paulo, quinta-feira, 02 de dezembro de 2010

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"Mala" empresarial racha o Guarani

SÉRIE A
Patrocinador vinculou o pagamento por exposição na camisa à permanência na elite nacional


LEONARDO LOURENÇO
ENVIADO ESPECIAL A CAMPINAS

Mesmo que a tão falada mala branca corintiana seja enviada a Campinas, é bom a torcida alvinegra não apostar em uma surpreendente atuação do Guarani diante do Fluminense, neste domingo.
Aparentemente, dinheiro não é suficiente para que os jogadores bugrinos alcancem os objetivos traçados.
Há três rodadas, uma empresa de Campinas concordou em expor sua marca na camisa do time em troca de R$ 100 mil, valor que seria repassado integralmente aos jogadores, mas apenas no caso de o time fugir da degola.
Como se sabe, não bastou. Mas o incentivo criou um racha na diretoria do clube.
Isso porque o presidente Leonel Martins de Oliveira, que não participou da negociação, disse que o patrocínio seria gratuito, o que irritou o dono da empresa.
Para ele, a declaração deu a impressão de que a marca queria tirar proveito da má fase do clube campineiro.
Num e-mail enviado para o vice-presidente comercial do Guarani, Álvaro Negrão, o empresário se disse insatisfeito com a situação e pediu que o nome da companhia fosse retirado da camisa.
Em resposta, Negrão deu razão ao patrocinador e chamou o presidente bugrino de "medíocre" e um outro vice de "maquiavélico". As conversas vazaram na internet.
"Teve um desentendimento, mas já superado", admitiu o presidente. Perguntado sobre a possibilidade de os jogadores receberem incentivos de Corinthians e Cruzeiro, mostrou-se irritado. "Não quero saber. O Guarani vai para o jogo porque tem que jogar, cumprir tabela."
A questão da mala branca ainda pode causar mais problemas ao clube campineiro. O lateral Moreno, que começou a carreira nas categorias de base do Corinthians, disse no início da semana que foi procurado por um "influente diretor" do time da capital disposto a oferecer dinheiro pelo esforço bugrino.
Ontem o STJD intimou o jogador a se explicar.
O lateral admitiu que foi procurado, mas agora diz que foi por uma pessoa que não quis se identificar.
"Ele me ligou perguntando sobre nossa motivação. Falou a respeito de uma ajuda a mais, mas pedi para ele conversar com a diretoria", afirmou o lateral, que recebia as respostas "sopradas" por um assessor particular.
"Comigo nunca aconteceu [de receber oferta]. Não posso dizer se é certo ou não."


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