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Fim de semana dá cara ao tatame do Brasil em Pequim
Atuação de rivais em competições na Europa é desigual na maioria das categorias, o que deve facilitar escolhas da CBJ
Em só 3 das 12 categorias de peso ainda indefinidas os judocas tiveram resultados parelhos nos campeonatos que serviram como seletiva
LUÍS FERRARI
DA REPORTAGEM LOCAL
A comissão técnica do judô
nacional não precisará, praticamente, recorrer a critérios subjetivos para anunciar a equipe
que irá à Olimpíada de Pequim.
Depois dos eventos na Europa, em só 3 das 12 categorias de
peso indefinidas até o momento os rivais tiveram performance parelha. E só em uma, o ligeiro masculino, os concorrentes
tiveram as mesmas posições.
Nas demais nove categorias,
um judoca abriu vantagem sobre o outro, o que facilita a missão dos técnicos, que devem revelar os titulares até o dia 21.
Bom para os medalhistas no
Mundial do Rio-07. Além de
entrarem na disputa à frente,
Tiago Camilo, Luciano Corrêa e
João Gabriel Schlittler venceram mais lutas que os rivais e,
pelos critérios, serão titulares.
O meio-leve João Derly, ouro
no Pan e no Mundial, já estava
garantido, assim como Érika
Miranda, prata no Pan e quinta
no Mundial -os critérios do feminino eram menos exigentes.
Nas classes em que uma definição mediante comparação
dos resultados não se impõe, isso ocorre por motivos distintos,
no masculino e no feminino.
Enquanto Alexandre Lee e
Denilson Lourenço tiveram desempenhos razoáveis, os confrontos no meio-médio e pesado femininos são quase para
definir quem foi menos pior.
Os judocas do ligeiro tiveram
"classificação" (ficaram entre
os nove melhores) nas quatro
etapas da seletiva -Supercopas
de Paris e Hamburgo e Copas
de Viena e Praga. Foi a única categoria em que isso ocorreu.
Lourenço, porém, venceu seis
lutas, contra quatro de Lee.
Já Danielli Yuri (-63 kg) e
Priscila Marques (+78kg) estão
em vantagem sobre as rivais,
mesmo tendo vencido só uma
luta em dois torneios. É que as
adversárias só perderam.
A Confederação Brasileira de
Judô tem a chance de dirimir as
últimas dúvidas. Poderá inscrever dois judocas de cada categoria no Aberto de Nova York, no
próximo final de semana.
Até agora, o país tem cinco
categorias garantidas em Pequim -meio-leve, meio-médio,
meio-pesado e pesado (masculino) e meio-leve (feminino).
O Brasil, porém, deve ter
atleta em quase todas as classes. A exceção pode ser o pesado feminino, mal posicionado
no ranking da América. A definição das vagas (além de ser garantida no Mundial-07 para os
cinco primeiros de cada categoria) é feita pelo ranqueamento
da União Pan-Americana.
A equipe olímpica deve ter
grande renovação em relação a
Atenas-04. Só dois veteranos
parecem garantidos: Leandro
Guilheiro e Edinanci Silva, que
ontem ficou em quinto na Copa
de Varsóvia, o que assegura sua
quarta Olimpíada. Lee e Vânia
Ishii podem engrossar a lista.
Contudo, Danielle Zangrando e Daniela Polzin, que estiveram em Atenas, devem perder a
vaga. Elas tiveram resultados
inferiores aos de Ketleyn Quadros e Sarah Menezes.
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