São Paulo, sexta-feira, 03 de abril de 2009

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

foco

Família Pelota se une a fanáticos que matam aula e trabalho para ir à Vila

DO ENVIADO A SANTOS

A Carvão Pelota não fez nenhuma entrega ontem. Isso porque Vágner Luís, o dono da empresa, e toda sua família estavam na Vila Belmiro vendo Santos x Portuguesa.
"Nós trabalhamos no domingo e na segunda, dia que normalmente a gente não trabalha, para poder fechar hoje [ontem]", contou o empresário, que se orgulha de dizer que já fez doações para o time.
"Às vezes, eles pedem para ajudar a reformar o estádio, pagar o bicho dos jogadores. Quando dá, a gente ajuda."
"A família inteira torce. Estamos em todos os jogos", disse Gisleine, mulher de Vágner, chamada de Dona Pelota.
Foi ela quem chegou dirigindo a kombi verde e vermelha da família, que conta ainda com Vágner Filho, o Pelotinha, e Michele, a Pelota.
Cerca de 200 pessoas se reuniram perto do Canindé para, de ônibus, viajar a Santos. Muitos deram um "jeitinho" para apoiar o time.
"Não tira foto de mim porque matei aula para vir", dizia uma torcedora adolescente, vestida com a camisa da Portuguesa e a calça do colégio.
"Eu faltei no trabalho, disse que tinha um compromisso importante", contava outra.
A principal conversa entre os torcedores, no entanto, era sobre a boa fase do time. "Se não tiver nenhum Castrilli, seremos campeões", dizia um.
Em 1998, a Lusa foi eliminada na semifinal do Paulista em um jogo marcado pela má atuação do árbitro argentino Javier Castrilli. "Esse cara até já morreu", rebateu alguém no meio da roda. "Morreu nada, isso é lenda do pessoal aqui dentro [da torcida]", retrucou o primeiro. (RV)


Texto Anterior: Bonamigo tenta reerguer moral do time
Próximo Texto: São Paulo garante vaga e zera seus cartões em matinê
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.