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Dupla quer Pan para se tornar conhecida
DA REPORTAGEM LOCAL
Juliana e Larissa monopolizam as atenções no Circuito Mundial. Atuais bicampeãs, elas ficaram fora do pódio em só três etapas desde o
início de 2005. A pior posição foi um quinto lugar.
No Brasil, no entanto, as
jogadoras ainda se sentem
ilustres desconhecidas.
E o Pan do Rio pode ser a
chance que falta para mudar
esse cenário. A dupla quer jogar bem em Copacabana não
só para agradar patrocinadores e buscar um título inédito
mas também para se apresentar à torcida.
"Temos boas condições de
conquistar o ouro. E o público não conhece o nosso trabalho. Com o Pan, vão começar a conhecer e saber para quem torcer", diz Juliana,
que também soma, ao lado
de Larissa, dois títulos do
Circuito Brasileiro.
Com a vaga no Rio assegurada, a dupla ganha uma maratona de viagens e torneios.
De 10 a 14 de julho, disputa
o Grand Slam da Alemanha,
que vale mais pontos que as
etapas menos badaladas do
Circuito Mundial. De lá, pega
um avião para o Rio, que
abriga a disputa do vôlei de
praia de 16 a 21 de julho.
Se chegarem à final do Pan,
marcada para às 22h, Juliana
e Larissa terão apenas dois
dias até o início do Campeonato Mundial da Suíça.
Todas essas competições,
exceto o Pan, contam pontos
no ranking que definirá a vaga na Olimpíada de Pequim-2008. "Se o Pan não fosse no
Brasil, iríamos pensar e repensar antes de decidir competir no Rio", diz Juliana.
O planejamento do calendário da dupla foi feito com
base no Pan. A parceria foi
poupada da primeira etapa
do Circuito Mundial para fazerem treinamento intensivo no CT de Fortaleza e apurar a forma física.
No Circuito Brasileiro,
após seis etapas, ocupa a primeira colocação.
"Traçamos um trabalho
para alcançar dois objetivos,
as vagas no Pan e na Olimpíada. Alguém tem que pagar o
preço [de obter bons resultados]. Estamos preparando o
corpo e o espírito para receber essa carga de ter de representar a nação em casa.
Se o Pan fosse fora, acho que
não iríamos", afirma o treinador Reis Castro.
(ML)
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