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Lei do torcedor falha na final
ADALBERTO LEISTER FILHO
DA REPORTAGEM LOCAL
Primeira final internacional no
país já sob a legislação do Estatuto
do Torcedor, a partida de ontem,
no Morumbi, mostrou -sob as
barbas do ministro do Esporte,
Agnelo Queiroz- que ainda há
muito o que fazer para que a lei seja totalmente seguida.
Antes do início do jogo, cambistas agiam livremente nas proximidades do estádio. Houve tumulto em algumas entradas, com
santistas -sem ingresso- tentando forçar o portão.
Queiroz chegou ao estádio pouco mais de uma hora antes do início do jogo e não viu confusão.
"O fluxo estava lento, mas é por
causa da importância do jogo",
disse ele, referindo-se ao trânsito
caótico até o Morumbi.
"Sempre que visito um estádio,
converso com os responsáveis, e
eles me dizem que o estatuto melhorou em 95% a segurança",
completou o ministro.
Se melhoraram, as medidas de
segurança ainda estão longe do
ideal. Ontem, a administração do
Morumbi fez uma experiência de
monitoramento dos torcedores
por TV. Dezesseis câmeras foram
instaladas no estádio, em locais
onde costuma haver confusão.
Apesar da iniciativa, o número
ainda está muito aquém do necessário. "Com esse número [16 câmeras], já dá para fazer uma boa
vigilância, mas o ideal seriam 70",
admitiu José Cartolano Neto, diretor da empresa contratada para
monitorar os torcedores.
Caso o São Paulo, dono do estádio, queira implantar o sistema
definitivamente, terá que gastar
R$ 90 mil. Se optar pela vigilância
total, o preço vai para R$ 350 mil.
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