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Liberdade na área surpreende Henry
Artilheiro francês diz que, antes do gol, defesa brasileira já o havia esquecido duas ou três vezes em lances de bola parada
Descuido ajuda atleta, que
já marcou três vezes nesta
Copa, a ficar a seis gols de
igualar recorde de Platini, o
maior goleador da França
DA REPORTAGEM LOCAL
Um dos principais responsáveis pela eliminação do Brasil
nas quartas-de-final ficou surpreso com a liberdade que teve
dentro de campo durante o
confronto de sábado. O atacante Thierry Henry, 28, autor do
gol que decretou a vitória francesa por 1 a 0, deu a entender
que a defesa brasileira não se
preocupava em marcá-lo nas
jogadas de bola parada.
"A defesa brasileira já havia
me esquecido duas ou três vezes em jogadas de bola parada.
Uma delas ocorreu quando Patrick [Vieira] cabeceou e eu estava logo atrás", disse o jogador,
que aproveitou a brecha para,
em seguida, fazer o gol. "Logo
depois, esqueceram-me mais
uma vez, quando eu estava esperando no segundo pau, e a
bola chegou. Normalmente,
nessas jogadas, você acaba chutando 20 metros longe do gol,
mas no dia em que tem de entrar, entra", afirmou o atacante,
que, pela primeira vez em sua
carreira, fez um gol com uma
assistência de Zidane, o outro
carrasco do Brasil anteontem.
Segundo Henry, uma das
principais marcas da experiente equipe francesa, cuja média
de idade é de 28,7 anos, é manter o controle e ser paciente nos
momentos decisivos.
"Controlamos bem a partida,
não nos agoniamos. Inclusive,
houve momentos em que fizemos a bola rodar pelo campo.
Jogamos contra o Brasil. Quando eles têm a posse de bola, é difícil roubar. Mas em nenhum
momento ficamos nervosos
com isso", comentou ele.
Com a pouca atenção da defesa brasileira, Henry deu mais
um passo em direção à quebra
de um recorde. O jogador do inglês Arsenal precisa de apenas
mais seis gols com a camisa
azul para igualar a marca de
Michel Platini, maior artilheiro
da França, com 41 tentos.
Para o jogo contra Portugal,
na quarta-feira, a tendência é
que o técnico Raymond Domenech mantenha o esquema 4-2-3-1, o mesmo que utilizou contra a Espanha e diante do Brasil. Desse modo, Henry, que já
marcou três vezes neste Mundial, continua a ser o principal
ponto de referência do ataque
dos "Bleus" (Azuis).
Com agências internacionais
Chapéu de Zidane no atacante Ronaldo vira clássico na internet www.folha.com.br/061832
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