São Paulo, segunda-feira, 03 de julho de 2006

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Liberdade na área surpreende Henry

Artilheiro francês diz que, antes do gol, defesa brasileira já o havia esquecido duas ou três vezes em lances de bola parada

Descuido ajuda atleta, que já marcou três vezes nesta Copa, a ficar a seis gols de igualar recorde de Platini, o maior goleador da França

DA REPORTAGEM LOCAL

Um dos principais responsáveis pela eliminação do Brasil nas quartas-de-final ficou surpreso com a liberdade que teve dentro de campo durante o confronto de sábado. O atacante Thierry Henry, 28, autor do gol que decretou a vitória francesa por 1 a 0, deu a entender que a defesa brasileira não se preocupava em marcá-lo nas jogadas de bola parada.
"A defesa brasileira já havia me esquecido duas ou três vezes em jogadas de bola parada. Uma delas ocorreu quando Patrick [Vieira] cabeceou e eu estava logo atrás", disse o jogador, que aproveitou a brecha para, em seguida, fazer o gol. "Logo depois, esqueceram-me mais uma vez, quando eu estava esperando no segundo pau, e a bola chegou. Normalmente, nessas jogadas, você acaba chutando 20 metros longe do gol, mas no dia em que tem de entrar, entra", afirmou o atacante, que, pela primeira vez em sua carreira, fez um gol com uma assistência de Zidane, o outro carrasco do Brasil anteontem.
Segundo Henry, uma das principais marcas da experiente equipe francesa, cuja média de idade é de 28,7 anos, é manter o controle e ser paciente nos momentos decisivos.
"Controlamos bem a partida, não nos agoniamos. Inclusive, houve momentos em que fizemos a bola rodar pelo campo. Jogamos contra o Brasil. Quando eles têm a posse de bola, é difícil roubar. Mas em nenhum momento ficamos nervosos com isso", comentou ele.
Com a pouca atenção da defesa brasileira, Henry deu mais um passo em direção à quebra de um recorde. O jogador do inglês Arsenal precisa de apenas mais seis gols com a camisa azul para igualar a marca de Michel Platini, maior artilheiro da França, com 41 tentos.
Para o jogo contra Portugal, na quarta-feira, a tendência é que o técnico Raymond Domenech mantenha o esquema 4-2-3-1, o mesmo que utilizou contra a Espanha e diante do Brasil. Desse modo, Henry, que já marcou três vezes neste Mundial, continua a ser o principal ponto de referência do ataque dos "Bleus" (Azuis).


Com agências internacionais

Chapéu de Zidane no atacante Ronaldo vira clássico na internet www.folha.com.br/061832


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