São Paulo, domingo, 03 de julho de 2011

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Brasil luta contra má atuação no frio

COPA AMÉRICA
Seleção tenta superar histórico ruim em grandes competições com baixas temperaturas


RODRIGO BUENO
ENVIADO ESPECIAL A BUENOS AIRES

O Brasil tem uma chance histórica na Copa América da Argentina de superar um velho algoz: o frio.
Será a edição mais gelada do torneio continental desde 1991, quando o Chile foi anfitrião. Naquela ocasião, os argentinos foram campeões.
O Brasil venceu edições da Copa América mais quentes, como as quatro que organizou (1919, 1922, 1949 e 1989) e as últimas no Peru (2004) e na Venezuela (2007).
Nas edições de 1997 (Bolívia) e 1999 (Paraguai), o Brasil também não entrou numa grande fria e triunfou no fim.
Na Argentina, a neve já chegou a várias cidades. Uma massa polar vinda da Patagônia tomou conta do país horas antes do início desta Copa América.
Na sexta-feira, termômetros chegaram a marcar de madrugada -1,8 C na província de Buenos Aires.
A previsão para quase toda a primeira fase da disputa é de, no máximo, 10 C.
A lembrança mais recente da seleção com o frio não foi nada animadora. O Mundial da África do Sul foi o mais frio desde 1978, quando a Argentina recebeu a Copa. Nas duas edições, as mangas compridas não bastaram para aquecer o time nacional.
O Brasil estreou na Copa do ano passado com temperaturas variando entre 0 C e 6 C. A previsão para toda esta semana na Argentina varia entre 0C e 10C.
Mesmo nas conquistas de seus Mundiais, o Brasil não sofreu tanto com a temperatura. Ganhou as calorentas Copas de 1970 (México) e 1994 (EUA) e não congelou na Suécia (1958) nem na Coreia e no Japão (2002) pela época de disputa do torneio.
No título no Chile, em 1962, o Brasil superou o inverno, mas as partidas eram realizadas à tarde, o que amenizava bem o problema.
Os termômetros na Argentina poderão estar próximos do 0 C em jogos do Brasil. A terceira partida da seleção, contra o Equador, será realizada à noite, assim como uma hipotética semifinal.
O Uruguai, potencial rival do Brasil na semifinal, ganhou da seleção brasileira a decisão da Copa América de 1995, em Montevidéu. Naquela gelada decisão, Zagallo sofreu, mesmo protegido, no banco de reservas.
Os dois mais tradicionais adversários do Brasil, Argentina e Uruguai, são times mais adaptados ao frio. E as baixas temperaturas já geraram lamentações de outras seleções, como Colômbia e Equador, países quentes.


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