São Paulo, domingo, 03 de outubro de 2010

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abraçados

Empate morno na Vila ressalta papel de coadjuvantes de Santos e Palmeiras no Brasileiro e mantém times na intermediária da tabela

Santos 1
Alan Patrick, aos 8min do 2º tempo

Palmeiras 1
Kleber, aos 20min do 1º tempo

LEONARDO LOURENÇO
LUCAS REIS
ENVIADOS ESPECIAIS A SANTOS

Kleber foi bem no primeiro tempo. Neymar, no segundo. E Santos e Palmeiras somente empataram ontem, na Vila Belmiro, em 1 a 1.
O resultado mantém dois times distantes das primeiras colocações do Brasileiro -têm os mesmos 39 pontos- e longe de seus objetivos.
O Palmeiras diz que ainda sonha com vaga na Libertadores. E o Santos, já classificado para o campeonato continental, fala que ainda acredita no título nacional.
Mas o fato é que ambos caminham para assumir, de vez, o papel de coadjuvantes nesta reta final do torneio.
Os palmeirenses celebraram o empate fora de casa, que interrompeu a série de três vitórias seguidas, mas mantém uma invencibilidade de quatro partidas da equipe de Luiz Felipe Scolari.
"Da nossa parte, nós não podemos ficar triste [com o resultado]. O Santos também não", declarou Scolari.
E o Santos encerra a temporada como "freguês" dos palmeirenses -havia perdido os outros dois embates.
Ontem, no duelo dos "ex- -bad boys", que experimentam uma fase mais tranquila, Kleber foi melhor. Marcou belo gol e foi o destaque do time alviverde na primeira etapa, ao lado do chileno Valdivia, outro que jogou bem.
O gol palmeirense saiu aos 20min. Márcio Araújo tocou para Valdivia dentro da área, o meia girou e passou para Kleber, que, de primeira, acertou o ângulo de Rafael.
De modo geral, o Palmeiras foi melhor no primeiro tempo. Quase fez o segundo aos 46min, com Vitor, que acertou o travessão de fora da área. O Santos chegou a criar algumas oportunidades, como aos 8min, com Léo, batendo cruzado, e aos 13min, em chute de Neymar.
O fato é que Kleber só jogou bem quando voltou a suas origens. Além do gol, correu, brigou, reclamou, levou amarelo por simulação. Foi o jogador mais caçado em campo, de acordo com o Datafolha -sofreu sete faltas.
No segundo tempo, o atacante apagou-se. Visivelmente cansado, praticamente não participou do desfecho da partida. Já não corria tanto nem reclamava.
Sorte do Santos, que voltou do intervalo mais ofensivo, com Zé Love no lugar de Pará. E Neymar melhorou.
Não foi brilhante, mas foi bem. E, por sinal, manteve a calma que o acompanha nos últimos jogos. Apesar de ter sido o mais caçado entre os santistas (cinco faltas sofridas), nunca reclamava.
"Exageraram nas chegadas, mas ele teve um comportamento exemplar", falou o interino Marcelo Martelotte.
Caindo pelas duas pontas, deu trabalho à zaga palmeirense, que falhou no gol de empate. Aos 8min, Alan Patrick, pela esquerda, chutou fraco, mas a bola desviou no zagueiro Danilo e acabou enganando o goleiro Deola.
Então sem nenhum poder ofensivo, Scolari sacou o marcador Rivaldo e lançou o meia Patrick. Mas a alteração não surtiu efeito, pois o Santos acertou a marcação e impedia os avanços palmeirenses. Só que, por outro lado, o time da casa não conseguiu chegar ao gol da virada.

ANTES
Com dois atacantes, o Santos cria, mas peca nas conclusões, e o Palmeiras abre o placar

DURANTE
A equipe da casa volta do intervalo com Zé Love e empata. Valdivia e Kleber desaparecem dentro de campo

DEPOIS
O empate é pior para o Palmeiras, que ainda busca se classificar para a Libertadores de 2011


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