O elemento diferencial de Fernando Alonso

ANTES DE TERMINAR o GP da Coreia, perguntei a Robert Kubica qual era o elemento diferencial entre Fernando Alonso, Mark Webber e Sebastian Vettel, os três implicados diretamente na luta pelo título mundial da F-1. "A força mental e a experiência", respondeu o piloto da Renault, amigo do asturiano.
"Ele já passou por tudo isso e tem dois títulos. Sabe o que precisa fazer."
São dois elementos que o bicampeão espanhol foi cultivando em sua carreira. O que lhe proporciona esta força mental é uma avassaladora segurança em si mesmo, que já o fez afirmar, em seu primeiro ano na F-1, com a Minardi: "Quem me ultrapassa são os carros, não os pilotos".
Podem ter zombado do menino de 19 anos que questionava campeões do calibre de Schumacher ou Hakkinen. Entretanto, quando superou Raikkonen e o heptacampeão com um Renault que havia transformado no melhor carro, todo mundo passou a levá-lo a sério.
Agora também. Alonso lutando pelo título é o piloto mais perigoso do paddock. E, se o título lhe escapar, será porque as Red Bull se mostraram mais poderosas do que sua Ferrari.
Porque, de outra forma, ele não perde esta batalha.