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Brasil vai atrás do ouro no berço da geração de prata
Seleção decide hoje Mundial contra a Polônia, em Tóquio, onde pioneiros de 25 anos atrás colocaram país no mapa
Equipe derrota Sérvia e Montenegro na semifinal e pega Polônia, às 8h30, na 17ª decisão sob o comando do técnico Bernardinho
Kazuhiro Nogi/France Presse
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Bernardinho, levantador reserva em 81, e Ricardinho, titular em 2006, vibram no jogo de ontem |
MARIANA LAJOLO
DA REPORTAGEM LOCAL
Em 1981, o garoto Giba brincava pelas ruas de Londrina
(PR). A família Endres esperava o mais novo rebento, Murilo.
Os pais de Samuel ainda não sonhavam com sua chegada.
Não havia o menor sinal de
que um dia, as vidas desses três
personagens se cruzariam para
formar a mais vitoriosa equipe
brasileira de todos os tempos.
Enquanto isso, no Japão,
uma seleção de jogadores talentosos, que levava no banco
um certo Bernardinho, começava a escrever essa história.
Foi em Tóquio, na Copa do
Mundo de 25 anos atrás, que a
conhecida geração de prata
conseguiu a primeira medalha
do vôlei do país em competições de nível mundial. Era um
bronze, que colocou de vez o
Brasil no mapa da modalidade.
Hoje, a seleção volta à quadra
no Mundial do Japão, às 8h30
(com TV), contra a Polônia, para manter o que se tornou tradição desde que Bernardinho
trocou de função no banco.
Esta é a 17ª final em 18 competições do time sob o comando do treinador. O ouro escapou em apenas quatro delas
-três pratas e um bronze.
O bicampeonato, mais do que
manter a sina de pódios, será
um atestado de que a renovação conduzida após Atenas-2004 vingou. Depois do ouro
olímpico, Nalbert, Giovane e
Maurício deixaram o time. Giba e Dante se firmaram como
titulares absolutos na ponta da
rede e ganharam novos reservas, Murilo e Samuel Fuchs.
Marcelinho, que até então
orbitava como terceiro levantador, também ocupa o banco.
Até agora, essa nova formação já conseguiu dois títulos da
Liga Mundial. O torneio no Japão é o seu maior teste.
A decisão de hoje vai testar
também a recuperação psicológica dos jogadores.
Na campanha no Japão, o
primeiro tropeço aconteceu
diante da França, na primeira
fase. Abalada, a equipe foi para
a segunda etapa com a obrigação de vencer todas as partidas.
Depois, em jogo decisivo
contra a Bulgária, Ricardinho,
Escadinha e Gustavo discutiram em quadra. O levantador
deixou o jogo magoado.
"Todos achavam que havia
algo ruim entre nós. Brigamos e
um dia depois já estava tudo
bem. Fazer esse grupo se separar por esse tipo de coisa é impossível", afirmou Ricardinho.
Ontem, a seleção assegurou a
passagem para a decisão ao derrotar Sérvia e Montenegro, por
3 sets a 1. Na outra semifinal, a
Polônia passou pela Bulgária
pelo mesmo placar.
O time que, há 25 anos surgiu
para a elite do esporte, terá pela
frente uma seleção que busca
rota parecida. Os poloneses,
que foram campeões mundiais
em 1974, estão invictos no Japão. "A pressão ainda está aí",
diz Bernardinho.
NA TV - Brasil x Polônia
Globo e Sportv, ao vivo, às 8h30
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