DOS ENVIADOS A PORTO ALEGRE

O goleiro Felipe, que chorou bastante após o final do jogo, foi até a torcida pedir desculpas quando o rebaixamento foi sacramentado. Depois, cercado pelos jornalistas, tentou explicar o fracasso de sua equipe.
"O mundo não vai acabar. Temos que sair como homens. A gente tentou, a gente lutou, mas não deu", declarou ele, que não quis assegurar sua permanência no clube em 2008.
"Eles terão que vender jogadores para fazer caixa. As receitas do clube devem diminuir. Eu prefiro esfriar a cabeça. Estamos todos muito tristes, e essa história vai ficar para depois", disse o camisa 1, que, mesmo após a queda, foi ovacionado pelos torcedores.
"Não adiantou nada o que fiz neste ano", falou o goleiro, que criticou a postura de alguns jogadores do Internacional na partida contra o Goiás.
"Tem jogador lá que não hon-ra a camisa. Amigos me disseram que alguns não iriam se esforçar", afirmou o goleiro, que prometeu, no futuro, vingança.
"Um dia, talvez, eles estejam na situação atual do Corinthians e vão sentir isso na pele. E talvez não queiram contar com isso", declarou Felipe.
"Mas não é isso que vai acabar com o Corinthians. Muitos times grandes caíram e voltaram ainda mais fortes. E vai ser assim conosco também", disse o goleiro, que já disputou a Série B com Portuguesa e Vitória.
Apesar de o camisa 1 dizer que seu futuro no clube é incerto, a diretoria corintiana afirma que o goleiro não irá sair.
O planejamento para 2008 prevê que ele deverá ser o jogador mais bem pago do elenco.
Felipe tem contrato até 2011, ganha cerca de R$ 30 mil mensais e negocia uma melhora em seus vencimentos.
Antes da queda, o goleiro havia afirmado que pretende fazer história no clube. E disse que, se o time fosse rebaixado, gostaria de seguir o exemplo do palmeirense Marcos.
"Ele já era ídolo, campeão do mundo, e ficou no clube para jogar a segunda divisão. Passou a ser mais respeitado por isso", declarou o goleiro.0 (EAR E PGA)


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