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Torneio é trunfo eleitoral
SÉRGIO RANGEL
da Sucursal do Rio
A CBF (Confederação Brasileira de Futebol) vai "inchar" a
próxima Copa do Brasil.
Preocupado com o crescimento do movimento de oposição a sua reeleição em 99, o
presidente da entidade, Ricardo Teixeira, vai utilizar a competição como trunfo eleitoral.
No ano que vem, a Copa do
Brasil terá o maior número de
clubes participantes na história
do torneio -mais de 50.
Para isso, o dirigente vai convidar cerca de 20 clubes para
disputar a competição em troca de votos.
Os demais têm direito adquirido, como campeões ou vice
estaduais.
As vagas estão sendo negociadas diretamente entre a cúpula da CBF e os presidentes
das federações estaduais.
A Folha apurou que, nas últimas duas semanas, mais de
uma dezena de representantes
de federações estiveram na
CBF ou na casa de Teixeira.
A Copa do Brasil foi criada
em 1989 e era disputada só pelos 27 campeões estaduais e
cinco vices. Essa fórmula foi
mantida até 1994, quando a
CBF começou a convidar clubes de acordo com "boas médias de público".
Em 1997, 45 clubes disputaram a competição -o maior
número de participantes até
agora. O vencedor da Copa do
Brasil garante uma das duas vagas brasileiras na Taça Libertadores do ano seguinte.
Nos encontros realizados, a
CBF vem oferecendo vaga para
mais um clube de cada Estado
no torneio em troca do apoio à
reeleição de Teixeira.
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