São Paulo, quinta, 3 de dezembro de 1998

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Torneio é trunfo eleitoral

SÉRGIO RANGEL
da Sucursal do Rio

A CBF (Confederação Brasileira de Futebol) vai "inchar" a próxima Copa do Brasil.
Preocupado com o crescimento do movimento de oposição a sua reeleição em 99, o presidente da entidade, Ricardo Teixeira, vai utilizar a competição como trunfo eleitoral.
No ano que vem, a Copa do Brasil terá o maior número de clubes participantes na história do torneio -mais de 50.
Para isso, o dirigente vai convidar cerca de 20 clubes para disputar a competição em troca de votos.
Os demais têm direito adquirido, como campeões ou vice estaduais.
As vagas estão sendo negociadas diretamente entre a cúpula da CBF e os presidentes das federações estaduais.
A Folha apurou que, nas últimas duas semanas, mais de uma dezena de representantes de federações estiveram na CBF ou na casa de Teixeira.
A Copa do Brasil foi criada em 1989 e era disputada só pelos 27 campeões estaduais e cinco vices. Essa fórmula foi mantida até 1994, quando a CBF começou a convidar clubes de acordo com "boas médias de público".
Em 1997, 45 clubes disputaram a competição -o maior número de participantes até agora. O vencedor da Copa do Brasil garante uma das duas vagas brasileiras na Taça Libertadores do ano seguinte.
Nos encontros realizados, a CBF vem oferecendo vaga para mais um clube de cada Estado no torneio em troca do apoio à reeleição de Teixeira.



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