|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
País mergulha em choque de adaptação
DE JOHANNESBURGO
Além das restrições comerciais, a Fifa estabeleceu regras
para o Mundial que misturam o
"choque de ordem" do Rio e o
"Cidade Limpa" paulistano.
Uma das exigências é que as
cidades obriguem proprietários de locais em construção a
taparem as obras às margens de
vias de acesso a locais da Copa
-estádios, campos de treinamento ou hotéis, por exemplo.
Caso isso não ocorra, o proprietário poderá ser multado.
As prefeituras também terão
poder de suspender a obra sem
nenhum tipo de compensação,
caso julguem necessário.
Para quem não puder ir aos
estádios, serão criados "fan
parks", em grandes áreas, com
a exibição de jogos em telões.
Em Johannesburgo, 37 proibições estão listadas em legislação aprovada a pedido da Fifa.
Algumas obedecem ao bom
senso, como a vedação a urinar
ou defecar em público e cometer atos de vandalismo. Outras
serão mais difíceis de controlar, como a proibição de "usar
linguagem abusiva", ou seja, falar palavrão. Também será
proibido mendigar ou trabalhar como "flanelinha".
A "limpeza" de áreas urbanas
já começou. Na semana passada, a ONG Umthombo flagrou
em vídeo, depois distribuído na
internet, crianças de rua sendo
removidas à força por policiais
no centro de Durban, uma das
sedes da Copa. Cenas parecidas
aconteceram às vésperas dos
últimos Jogos Olímpicos, em
Pequim, em 2008.
(FZ)
Texto Anterior: "Esta Copa é para europeus", diz despejada Próximo Texto: Robinho, 200, é mais atacante e pedala menos Índice
|