São Paulo, domingo, 04 de abril de 2010

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País mergulha em choque de adaptação

DE JOHANNESBURGO

Além das restrições comerciais, a Fifa estabeleceu regras para o Mundial que misturam o "choque de ordem" do Rio e o "Cidade Limpa" paulistano.
Uma das exigências é que as cidades obriguem proprietários de locais em construção a taparem as obras às margens de vias de acesso a locais da Copa -estádios, campos de treinamento ou hotéis, por exemplo.
Caso isso não ocorra, o proprietário poderá ser multado. As prefeituras também terão poder de suspender a obra sem nenhum tipo de compensação, caso julguem necessário.
Para quem não puder ir aos estádios, serão criados "fan parks", em grandes áreas, com a exibição de jogos em telões. Em Johannesburgo, 37 proibições estão listadas em legislação aprovada a pedido da Fifa.
Algumas obedecem ao bom senso, como a vedação a urinar ou defecar em público e cometer atos de vandalismo. Outras serão mais difíceis de controlar, como a proibição de "usar linguagem abusiva", ou seja, falar palavrão. Também será proibido mendigar ou trabalhar como "flanelinha".
A "limpeza" de áreas urbanas já começou. Na semana passada, a ONG Umthombo flagrou em vídeo, depois distribuído na internet, crianças de rua sendo removidas à força por policiais no centro de Durban, uma das sedes da Copa. Cenas parecidas aconteceram às vésperas dos últimos Jogos Olímpicos, em Pequim, em 2008. (FZ)


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