|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Robinho, 200, é mais atacante e pedala menos
Recuperado, jogador retorna ao time contra o São Caetano e forma setor ofensivo ao lado dos jovens Neymar e André
Para o técnico Dorival Jr.,
camisa 7 está "bem mais objetivo" em relação ao início da década, quando surgiu no clube do litoral
LUCAS REIS
ENVIADO ESPECIAL A SANTOS
Pela 200ª vez, Robinho entrará em campo com a camisa
do Santos. Mas do período em
que despontou para o futebol,
em 2002, para agora, muita coisa mudou em sua volta.
As pedaladas e dribles desconcertantes que marcaram o
ídolo no início da década dão
lugar a um atacante mais objetivo, que usa menos as fintas,
porém, chuta mais no gol.
Dorival Jr., que confirmou a
escalação do craque no jogo de
hoje ante o São Caetano, no
ABC, comemora a mudança.
"O Robinho está bem mais
objetivo", disse o treinador, esticando a palavra "bem". "Ele
está mais produtivo, mais participativo e interessado. Agora
está mais completo, evoluiu
muito de modo geral", afirmou.
Os números do Datafolha
ajudam a comprovar a tese de
Dorival. Neste Campeonato
Paulista, Robinho nem sequer
aparece na lista dos 20 maiores
dribladores da competição, liderada por Neymar, que arrisca
5,6 fintas por partida. A média
de Robinho é inferior a 2,9.
Em 2003, quando estava em
seu segundo ano como profissional -a exemplo de Neymar
neste ano- Robinho aplicava
quase quatro dribles por jogo.
Por outro lado, o camisa 7 é
vice-líder em finalizações: chuta 3,9 vezes a gol em cada jogo.
Em 2003, a média foi de 3,2.
Desde que voltou do Manchester City, emprestado até
agosto, Robinho jogou nove vezes (sete pelo Estadual e duas
pela Copa do Brasil) e marcou
cinco gols, o que lhe confere
uma média de 0,55 por partida.
Seu discurso de conquista de
títulos em 2010 segue a teoria
de Dorival. Robinho vem afirmando que o Santos precisa ser
campeão para provar que é um
time ofensivo e objetivo.
"Eu lembro que em 2002 falavam que nós iríamos pipocar
quando jogássemos no Maracanã lotado ou nas finais. Então,
nada melhor do que chegar a
uma decisão, jogar bem e ganhar para acabar com as dúvidas", disse o atacante, campeão
brasileiro pelo Santos em 2002
e bi em 2004, seus únicos títulos com a camisa alvinegra.
Hoje, em São Caetano do Sul,
atuará ao lado de Neymar e André, formando o trio ofensivo.
"A passagem do Robinho pelo exterior foi muito importante, pois lhe deu um crescimento
natural. Hoje, quando não participa da finalização das jogadas, participa da construção delas", disse Dorival Jr.
Com a partida de número
200, Robinho entrará num grupo de 80 jogadores que alcançaram essa marca pelo clube.
No elenco atual, o goleiro Fábio Costa, com 341 jogos, e o lateral Léo, com 320 partidas, são
os recordistas. O atacante também já é um dos maiores artilheiros da era pós-Pelé. Com 88
gols marcados, está atrás somente dos atacantes Serginho
Chulapa (104) e Juary (101).
Texto Anterior: País mergulha em choque de adaptação Próximo Texto: Time vai a campo com um volante Índice
|