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Copa 2006
Seleção aprova Weggis, só em campo
Goleada contra o Lucerna não apaga a vivência com chuva, o assédio da mídia e dos fãs e as saias justas
Equipe deixa a Suíça, onde treinou por 13 dias, jogou amistoso e teve que explicar corte de Edmílson e noitada
de jogadores em boate
Antônio Gaudério/Folha Imagem
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Decorado com a bandeira do Brasil, bondinho faz a ligação entre a pequena Weggis e o monte Rigi, ponto turístico da região |
DOS ENVIADOS A WEGGIS
A seleção brasileira deixou
Weggis ontem satisfeita com o
que fez em campo. Já fora dele,
a preparação não foi tranqüila.
Os atletas gostaram do trabalho nos treinos, mas sofreram
com frio, chuva e polêmicas.
"Tudo funcionou bem. Vamos sair daqui bem melhores
do que chegamos", afirmou o
atacante Adriano, ao comentar
os treinamentos na cidade.
Mas alguns atletas não escondem que deixam Weggis
com dúvidas sobre até que ponto a estada foi válida para adaptá-los às condições que enfrentarão na Alemanha. "O campo
estava bom no começo, mas depois, com a chuva, ficou pesado.
Se o tempo na Alemanha for
frio, a preparação aqui terá sido
boa", disse o capitão Cafu.
Choveu na maioria dos dias,
o que fez atletas e comissão técnica se preocuparem com os
riscos de contusão. "Por causa
do frio, fizemos mais exercícios
de alongamento do que o normal, para evitar lesões", disse o
preparador Moraci Sant'Anna.
Tais cuidados não impediram o time de provar o dissabor
de perder um atleta, cortado.
Edmílson foi substituído por
Mineiro devido a uma contusão
no joelho que já sentira antes
de se apresentar à seleção.
O corte foi só um dos episódios polêmicos que a seleção viveu em Weggis. A comissão técnica revelou, só após a detecção
da lesão, que Edmílson já estava baleado. Aí teve de explicar
por que ele não foi poupado de
treinos e os motivos para omitirem a contusão.
Um dia antes do corte, Edmílson já estava na berlinda.
Tentava negar um desentendimento com Adriano. Trocaram
pontapés em dois treinos seguidos. "Às vezes a gente perde
a noção no treino", afirmou
Adriano, minutos antes de o colega ser desligado da equipe.
Antes de Mineiro desembarcar na Suíça, mais um momento de turbulência. Roberto Carlos foi desmentido por um jornal local, que mostrava o lateral
e seis colegas numa boate, depois do jogo com o Lucerna.
O jogador do Real Madrid havia dito que passara a folga na
concentração. Robinho, Adriano e Emerson também participaram da noitada, apesar de terem dito que ficaram no hotel.
A relação com a torcida em
Weggis também teve problemas, mas por excesso de carinho. No final de um dos treinos,
fãs invadiram o gramado.
Parreira, que chegara à cidade criticando a falta de tranqüilidade para o time, minimizou
as invasões, assim como os atletas. "Foi muito bom ter o carinho da torcida", disse Robinho.
Com a bola nos pés, o time
não teve sustos. Bateu o frágil
Lucerna por 8 a 0. "O importante é que jogamos bem", disse Kaká. Mas nem em campo os
atletas conseguiram tudo o que
queriam. "Precisamos ajustar a
parte defensiva. Acertar a cobertura do Emerson, por exemplo", falou Kaká.
(PAULO COBOS, RICARDO PERRONE E SÉRGIO RANGEL)
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