São Paulo, domingo, 05 de março de 2000


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FUTEBOL
Técnico vê falta de experiência em Libertadores no rival e pede a jogadores que contenham a euforia
Corinthians teme ilusão com goleada

MAÉRCIO SANTAMARINA
da Reportagem Local

A goleada de 6 a 0 do Corinthians sobre a Liga Deportiva Universitaria, do Equador, na noite de anteontem, no Pacaembu, pela Libertadores, acabou se transformando em uma preocupação para o clube brasileiro.
O técnico Oswaldo de Oliveira teme um efeito reverso na próxima partida em razão da euforia despertada entre os jogadores e a torcida com o resultado.
O Corinthians volta a jogar no próximo dia 14, contra o Olimpia, em Assunção. O adversário paraguaio lidera o Grupo 3 da Libertadores, com seis pontos ganhos. O Corinthians divide a segunda posição com o América do México -ambos com três pontos.
A principal competição sul-americana é a prioridade dos corintianos, que integram o único grande clube paulista que nunca obteve o título da Libertadores.
""Não podemos desmerecer o nosso time, mas temos de reconhecer que o adversário teve muitas dificuldades pelo fato de nunca ter disputado uma Libertadores. Eles (os equatorianos) erraram muito, mas grande parte dos erros foi forçada pelo Corinthians", disse Oliveira.
A edição 2000 da Libertadores sofreu um inchaço, com recorde histórico de clubes. Passou a ser disputada por 32 equipes, 11 a mais que no ano passado.
Embora classifique apenas dois dos quatro times de cada grupo -e não mais três, como em 1999- , a disputa pelas vagas envolve equipes mais fracas.
""A gente não pode se empolgar com a goleada que conseguimos. Temos que pensar no Olimpia e buscar pelo menos um empate fora de casa para decidir uma das duas vagas do grupo para a próxima fase da Libertadores em São Paulo", afirmou o atacante Luizão, autor de três gols anteontem.
O meia Ricardinho disse que seu time soube explorar o cansaço demonstrado pelos equatorianos no segundo tempo. ""Quando sentimos isso, corremos ainda mais. Acho que foi graças a isso que conseguimos esse placar."
Para o zagueiro Adílson, o importante no jogo contra a Liga Deportiva Universitaria foi a vontade que a equipe demonstrou, reagindo à derrota de 2 a 0 que havia sofrido para o América do México na estréia no torneio.
""O time entrou com espírito de Libertadores. Conseguimos exercer uma marcação por pressão. Não deixamos o adversário jogar. Cumprimos o que o Oswaldo determinou. Para chegarmos ao título, tem que ser assim, abdicando das vaidades", afirmou o jogador, que já foi campeão da Libertadores em 1995, pelo Grêmio.
Segundo Oliveira, o saldo de gols foi muito importante para o time. ""Pode ser decisivo futuramente para a classificação."


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