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FUTEBOL
Técnico vê falta de experiência em Libertadores no rival e pede a jogadores que contenham a euforia
Corinthians teme ilusão com goleada
MAÉRCIO SANTAMARINA
da Reportagem Local
A goleada de 6 a 0 do Corinthians sobre a Liga Deportiva
Universitaria, do Equador, na
noite de anteontem, no Pacaembu, pela Libertadores, acabou se
transformando em uma preocupação para o clube brasileiro.
O técnico Oswaldo de Oliveira
teme um efeito reverso na próxima partida em razão da euforia
despertada entre os jogadores e a
torcida com o resultado.
O Corinthians volta a jogar no
próximo dia 14, contra o Olimpia,
em Assunção. O adversário paraguaio lidera o Grupo 3 da Libertadores, com seis pontos ganhos. O
Corinthians divide a segunda posição com o América do México
-ambos com três pontos.
A principal competição sul-americana é a prioridade dos corintianos, que integram o único
grande clube paulista que nunca
obteve o título da Libertadores.
""Não podemos desmerecer o
nosso time, mas temos de reconhecer que o adversário teve muitas dificuldades pelo fato de nunca ter disputado uma Libertadores. Eles (os equatorianos) erraram muito, mas grande parte dos
erros foi forçada pelo Corinthians", disse Oliveira.
A edição 2000 da Libertadores
sofreu um inchaço, com recorde
histórico de clubes. Passou a ser
disputada por 32 equipes, 11 a
mais que no ano passado.
Embora classifique apenas dois
dos quatro times de cada grupo
-e não mais três, como em
1999- , a disputa pelas vagas envolve equipes mais fracas.
""A gente não pode se empolgar
com a goleada que conseguimos.
Temos que pensar no Olimpia e
buscar pelo menos um empate fora de casa para decidir uma das
duas vagas do grupo para a próxima fase da Libertadores em São
Paulo", afirmou o atacante Luizão, autor de três gols anteontem.
O meia Ricardinho disse que
seu time soube explorar o cansaço
demonstrado pelos equatorianos
no segundo tempo. ""Quando sentimos isso, corremos ainda mais.
Acho que foi graças a isso que
conseguimos esse placar."
Para o zagueiro Adílson, o importante no jogo contra a Liga
Deportiva Universitaria foi a vontade que a equipe demonstrou,
reagindo à derrota de 2 a 0 que havia sofrido para o América do México na estréia no torneio.
""O time entrou com espírito de
Libertadores. Conseguimos exercer uma marcação por pressão.
Não deixamos o adversário jogar.
Cumprimos o que o Oswaldo determinou. Para chegarmos ao título, tem que ser assim, abdicando das vaidades", afirmou o jogador, que já foi campeão da Libertadores em 1995, pelo Grêmio.
Segundo Oliveira, o saldo de
gols foi muito importante para o
time. ""Pode ser decisivo futuramente para a classificação."
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