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PRIMEIRAS PALAVRAS
Edilson diz que
mãe pedia ajuda
ao Corinthians
EDUARDO OHATA
DO PAINEL FC
TALES TORRAGA
DA REPORTAGEM LOCAL
Edilson Pereira de Carvalho,
cuja autobiografia, "Cartão
Vermelho", será lançada na
quinta-feira, escreveu que sofria pressões de familiares para
ajudar o Corinthians -o
maior beneficiado pela repetição dos jogos do Brasileiro. Sua
própria mãe, torcedora do time, engrossava o lobby. Ela o
questionou pelo pênalti que
decidiu a anulada vitória do
São Paulo sobre o Corinthians
por 3 a 2 em 2005. "Ela me disse: "E aquele pênalti, precisava,
filho? Que corintiano você é?'"
Mas o trecho não está no livro. A Folha teve acesso aos
episódios "censurados" da
obra, que será lançada na Bienal do Livro. Em um deles,
Edilson acusa a Federação
Paulista de Futebol de contar
com profissionais que estão sofrendo processos -o que, de
acordo com o ex-árbitro, é
proibido. Segundo ele, Reinaldo Carneiro Bastos, vice da federação, acumula seis ações
em Taubaté, e o árbitro assistente Flávio Lúcio Magalhães,
11 processos em Jundiaí.
"O Reinaldo não é alvo de
processo. Que eu saiba, os únicos processos com os quais está envolvido são os que move
contra o Edilson", diz Marco
Polo Del Nero, presidente da
FPF. "Estamos analisando os
árbitros com problemas. Se ele
[Flávio] tiver algum, será chamado", afirma Bento da Cunha, corregedor da federação.
Na versão impressa, Edilson
ataca o comandante de arbitragem da FPF, Marcos Marinho, "um ignorante na função". Marinho rebate: "Não
me interessa o que ele disse.
Ele é um desqualificado".
Edilson também lamentou
os cortes no livro: "A editora
teme processos".
Na obra, o ex-árbitro esbanja
vaidade em passagens do tipo
"tive excelente atuação, como
sempre" e "Deus me deu o
dom da arbitragem".
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