São Paulo, quinta-feira, 05 de maio de 2011

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"Não vai aparecer ninguém", diz Torre

PALMEIRAS Empresário responsável pelo estádio do clube duvida que concorrência se interessará por obra

EDUARDO OHATA
DO PAINEL FC
LUCAS REIS
DE SÃO PAULO

O empresário Walter Torre, sócio da WTorre, responsável por erguer a Arena Palestra, afirma em entrevista à Folha que as condições que tem hoje são imbatíveis. Além de duvidar que alguém apresente proposta melhor, diz que, se o clube quebrar o contrato com a WTorre, nenhum grupo confiará mais no Palmeiras.

Folha - O senhor passou quase três horas no Twitter na madrugada de ontem conversando com internautas sobre a Arena Palestra. O senhor está tentando uma aproximação com os torcedores?
Walter Torre - Não estou tentando aproximação. Quero apenas mostrar as coisas boas que estamos fazendo.


A oposição palmeirense usa, em manifestações a favor da WTorre, material impresso que traz a logo da construtora. Foi a WTorre que fez?
Não sei do que você está falando. Foi bom tocar nisso, para eu esclarecer uma coisa. Meu contrato não foi com a situação ou com a oposição, foi com o Palmeiras. Então quer dizer que a cada ciclo eleitoral os contratos serão quebrados? Por isso, digo que não vai aparecer ninguém para nos substituir. Se o Palmeiras rasgar o contrato com a gente, o que garante que não rasgará o que firmar com um eventual grupo que nos suceder? Quem terá coragem de fazer negócios?


Voltando ao assunto do material que a oposição tem em mãos, ele tem a logo da WTorre, é um comparativo entre a WTorre e o projeto do mandato anterior. Tem certeza de que não foi produzido aí?
Não sei. Acho que foi coisa de um grupo palmeirense. Ou pode ser que o Rogério Dezembro [ex-diretor palmeirense, hoje na WTorre] tenha produzido. Eu não sei.


Dizem que o senhor chamou membros de organizadas. O senhor teria pedido recentemente um encontro com o Paulo Serdan [líder da Mancha Alviverde] para falar.
Não, isso não é verdade. Até chamei ele para conversar, mas foi há uns nove meses. Faz tempo, foi na época da assinatura do contrato.


Qual o seu time?
Sou palmeirense.


Mas gente que conhece o senhor há longa data e até pessoas que trabalham com o senhor disseram que é santista.
Eu tinha simpatia pelo Santos. Só fui ao estádio uma vez. Foi só agora, com esse envolvimento com o Palmeiras, que comecei a me ligar em futebol.


Na reunião com cartolas do Palmeiras, o senhor propôs que o clube procurasse outro parceiro. Por que fez isso?
Disse para se informarem melhor no mercado e que se alguém apresentasse proposta melhor, que viessem falar comigo. Disse ainda que não será um negócio tão rentável como meus outros empreendimentos, que dão retorno anual de 15%, em média. No caso da Arena Palestra, ficará só entre 8% e 12%.


E os demais estádios em SP?
É. Agora tem o Corinthians, o São Paulo melhorando seu estádio. Isso tira a discussão do campo das discussões e traz para a realidade. Eles são concorrentes.


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