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Torcida burla estatuto e utiliza fogos de artifício
MATHEUS MAGENTA
DE SALVADOR
A torcida do Vitória ignorou o Estatuto do Torcedor,
em vigência desde a semana
passada, que proíbe o uso de
fogos de artifício no estádio.
Dez minutos antes da partida, milhares de torcedores
acenderam piscas vermelhos
(fogos de artifício menores e
não explosivos). Não houve
ação da Polícia Militar, responsável pela fiscalização.
Na partida de ida, na Vila
Belmiro, os santistas também usaram sinalizadores.
Em entrevista à Folha, o
promotor Júlio Travessa, que
coordena um grupo de combate à violência em estádios,
disse que a torcida do Vitória
pode ser denunciada por
desrespeito ao estatuto.
"Se for constatado que foi
atitude deliberada de uma
torcida organizada, o grupo
pode ficar até três anos sem ir
ao estádio uniformizado."
Os cambistas também ignoraram a lei, que proíbe a
venda de ingresso com ágio.
Os 35 mil bilhetes foram vendidos com antecedência.
A Folha encontrou cambistas que vendiam ingressos por até três vezes maior
que o valor do bilhete, apesar
da presença de mais de 1.330
policiais na região. Anteontem, a PM da Bahia informou
que o combate aos cambistas
seria intensificado com a nova lei, já que respaldava a
ação policial. Não houve registro, até o fechamento desta edição, de cambista detido
por suspeita da prática ilegal.
No estádio, apesar da chuva, as torcidas se inspiraram
no Mundial. Tanto que teve
torcedor do Vitória com cartaz com o cantor Mick Jagger,
considerado pé-frio, trajando
a camisa do Santos, e um
santista com cartaz do polvo
Paul, célebre por previsões,
escolhendo o time paulista.
Antes do jogo, a torcida
santista gritou "Fica, Robinho", que irá voltar para o
Manchester City, após um
empréstimo de seis meses.
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