São Paulo, quinta-feira, 05 de agosto de 2010

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Torcida burla estatuto e utiliza fogos de artifício

MATHEUS MAGENTA
DE SALVADOR

A torcida do Vitória ignorou o Estatuto do Torcedor, em vigência desde a semana passada, que proíbe o uso de fogos de artifício no estádio.
Dez minutos antes da partida, milhares de torcedores acenderam piscas vermelhos (fogos de artifício menores e não explosivos). Não houve ação da Polícia Militar, responsável pela fiscalização.
Na partida de ida, na Vila Belmiro, os santistas também usaram sinalizadores.
Em entrevista à Folha, o promotor Júlio Travessa, que coordena um grupo de combate à violência em estádios, disse que a torcida do Vitória pode ser denunciada por desrespeito ao estatuto.
"Se for constatado que foi atitude deliberada de uma torcida organizada, o grupo pode ficar até três anos sem ir ao estádio uniformizado."
Os cambistas também ignoraram a lei, que proíbe a venda de ingresso com ágio. Os 35 mil bilhetes foram vendidos com antecedência.
A Folha encontrou cambistas que vendiam ingressos por até três vezes maior que o valor do bilhete, apesar da presença de mais de 1.330 policiais na região. Anteontem, a PM da Bahia informou que o combate aos cambistas seria intensificado com a nova lei, já que respaldava a ação policial. Não houve registro, até o fechamento desta edição, de cambista detido por suspeita da prática ilegal.
No estádio, apesar da chuva, as torcidas se inspiraram no Mundial. Tanto que teve torcedor do Vitória com cartaz com o cantor Mick Jagger, considerado pé-frio, trajando a camisa do Santos, e um santista com cartaz do polvo Paul, célebre por previsões, escolhendo o time paulista.
Antes do jogo, a torcida santista gritou "Fica, Robinho", que irá voltar para o Manchester City, após um empréstimo de seis meses.


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