São Paulo, segunda-feira, 05 de setembro de 2011

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Mundial se encerra com recorde

ATLETISMO
Na última prova, revezamento da Jamaica, com Bolt, quebra marca de 1992


Martin Meissnner/Associated Press
Jamaicanos ao lado de placar com o novo recorde dos 4x100m

FERNANDO ITOKAZU
ENVIADO ESPECIAL A DAEGU

Foi o melhor final possível para a organização do Mundial de atletismo de Daegu.
A última prova dos nove dias de disputa terminou com a consagração do jamaicano Usain Bolt, 25, a grande estrela do atletismo mundial.
Fechando o revezamento 4 x 100 m, Bolt garantiu o ouro com ampla vantagem sobre o segundo colocado e o recorde mundial da prova.
A Jamaica completou o percurso em 37s04, quebrando a melhor marca da história (37s40), estabelecida pelos americanos em 1992.
Foi o único recorde mundial a cair em Daegu. Na edição anterior, em Berlim-09, haviam sido três, dois protagonizados pelo jamaicano.
Recordista mundial dos 100 m e 200 m, Bolt geralmente é o terceiro homem a correr na equipe jamaicana, mas as circunstâncias o colocaram para fechar a prova.
"Estou muito feliz. Gostei de fechar", disse ele. "Estou com um pequeno problema no tendão de aquiles e não podia correr na curva. Ficou decidido que fecharia a prova", completou o velocista, que reconheceu não estar no melhor de sua forma física.
Os medalhistas dos 200 m, disputados anteontem, foram premiados no final da competição para não atrapalhar a concentração dos envolvidos no revezamento.
Bolt também foi ouro nos 200 m, com 19s40. Apesar do recorde ser 19s19, o desempenho do jamaicano foi o quarto melhor da história.
Com os dois ouros no peito, o velocista encerra em glória um Mundial que começou de maneira inacreditável.
O jamaicano não conseguiu defender seu título nos 100 m por ter sido desclassificado na final da prova por ter queimado a largada.
Além de brilhar em suas outras duas provas, Bolt aliviou uma situação desconfortável para a Iaaf (organização que comanda o atletismo): a falta de recordes mundiais.
Atual recordista do salto com vara e vice-presidente da entidade, o ucraniano Serguei Bubka, questionado dois dias antes do término do Mundial sobre o assunto, declarou que o nível técnico da competição sul-coreana não poderia se restringir a isso.
"Recordes mundiais não caem todos os dias, por isso são recordes mundiais", disse Bubka, responsável pela quebra da marca 17 vezes.
A Iaaf também festejou o fato de ter colhido o sangue de todos os atletas do Mundial, primeiro passo para criar o passaporte biológico.
Não foi anunciado nenhum caso de doping durante a competição. O próximo Mundial será em Moscou-13.


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