DA REPORTAGEM LOCAL

O relatório da Agência Mundial Antidoping aponta falhas no controle do Pan levantadas ontem por Renata Castro, ex-médica da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos.
Em depoimento à polícia, ela questionou a facilidade para identificar os donos das urinas colhidas durante os Jogos.
Segundo o relatório, a natação dos EUA questionou o fato de terem de colocar nos formulários a prova e o sexo dos atletas que foram testados, o que facilitaria sua identificação. As reclamações foram ignoradas.
Renata acredita em perseguição de Eduardo de Rose a Rebeca. E que ele enviou a amostra de urina para teste de DNA sabendo a quem ela pertencia.
"Isso poderia ser facilmente resolvido, por exemplo, se fosse colocada a federação esportiva no local para colocar o "esporte" (por exemplo, desportes aquáticos) e a modalidade no local de "evento" (por exemplo, natação)", afirma o relatório.
Além disso, a colocação das identificações dos testes sem a presença do atleta pode ajudar a nadadora. "Isso configura quebra na cadeia de custódia", diz o advogado André Ribeiro.
Por outro lado, a comissão da Wada aponta falha que já foi sugerida como suspeita de fraude envolvendo Rebeca Gusmão e Renata. A ex-médica acompanhou a coleta da nadadora em um exame fora de competição, na Vila do Pan, no dia 12. É um dos testes com DNA diferente.
Segundo o relatório, um atleta escolhido antes dos Jogos teve o teste observado por um médico de sua federação. De Rose foi avisado sobre o caso, que configurava conflito de interesse, e, segundo o relatório, iniciou uma investigação.
O chefe do antidoping do Pan decidiu que o médico não poderia trabalhar em eventos desse esporte. "Contudo o caso não foi totalmente resolvido antes do fim dos Jogos, e nossa equipe continuará a acompanhar a investigação", diz o relatório. Segundo a Folha apurou, os citados seriam Renata e Rebeca.
A Wada aponta ainda que atletas testados fora de competição foram liberados para treinos após notificação e só colheram a urina depois.0 (ALF E ML)


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